Rapidinhas: O novo nome para a UPB, o reforço de caixa em Camaçari e quem ganhou a eleição no presídio de Feira

Alberico Gómez e equipe

UPB na mira
Quem chega forte para disputar a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB) é o prefeito reeleito de Ituaçu, Phellipe Brito (PSD). Ele já conta com o apoio de cerca de 100 colegas de outros municípios e de caciques de peso, a exemplo dos senadores Otto Alencar (PSD), Ângelo Coronel (PSD) e Jaques Wagner (PT) e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Vale lembrar Phellipe recebeu o apoio do governador Jerônimo Rodrigues nas eleições municipais deste ano, mesmo o PT de Ituaçu tendo lançado candidato próprio.

Concorrência interna
No PSD, há outro interessado em concorrer à presidência da UPB: o prefeito eleito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro, atualmente deputado estadual. Eures já comandou a entidade, e avisou a aliados o desejo de retornar ao posto. Otto, cujo partido elegeu novamente o maior número de prefeitos na Bahia (115), já disse à imprensa que não vai interferir na eleição da entidade, mas sinalizou que Phellipe teria a preferência por ter se movimentado primeiro, reunindo apoios até na oposição.

Cocá fora
Prefeito reeleito de Jequié, Zé Cocá (PP) informou à coluna que não será candidato à presidência da UPB, apesar das especulações de alguns veículos de imprensa. “Vou focar na gestão do município. Temos muito a avançar ainda e muito trabalho a fazer”, declarou o pepista. Cocá também já comandou a entidade – ele é o antecessor do atual presidente, Quinho (PSD), gestor de Belo Campo – e, depois de ser reeleito prefeito com o maior percentual do país (91,97), se tornou uma das principais lideranças do PP na Bahia.

Guerra em Camaçari
Virou guerra a eleição de segundo turno em Camaçari. E o candidato do PT, Luiz Caetano, mostrou primeiro as armas ao atrair o apoio de antigos aliados do atual prefeito Antonio Elinaldo (União), atingindo o adversário Flávio Matos (União). Além disso, o petista conseguiu o apoio do terceiro colocado na disputa, o comunicador Oswaldinho (MDB). Na quinta (17), fará um comício ao lado do presidente Lula (PT), que vai desembarcar na Bahia pela primeira vez durante a campanha. A aposta é alta, pois se Caetano perder, a derrota cai também no colo do Palácio do Planalto.

Reforço no caixa
Por falar em Camaçari, o PT fez uma nova doação à campanha de Luiz Caetano no segundo turno. Dessa vez, no montante de R$2,4 milhões. O petista também é um dos candidatos no plano nacional que mais receberam recursos de empresários, computando mais de R$1,3 milhão. No segundo turno, Caetano já ultrapassou Flávio Matos em volume de doações: R$7,3 milhões contra R$6,2 milhões, em números arredondados.

Afastou o “olhado”
Eleito prefeito de Ibirataia, Alex Futuca, que comandava o MDB da Bahia antes do pleito, avaliou como positivo o desempenho da legenda no dia 6 de outubro. “Crescemos 160%. Fizemos 32 prefeitos (em 2020 foram 12), 27 vice-prefeitos e ficamos em terceiro lugar no quesito número de eleitores governados, já que ganhamos em Juazeiro, quinto maior município”, declarou. O MDB venceu outras prefeituras importantes, como Serrinha e Itapetinga, e deu um freio nas pretensões do PP de tirar do ninho emedebista o comando da Cerb, que já teve como presidente o próprio Futuca e hoje é liderada por Jayme Vieira Lima Filho, primo de Geddel e de Lúcio.

Mão na massa
Uma das surpresas da eleição deste ano, o prefeito eleito de Santa Cruz Cabrália, Girlei Lage (PDT), já começou a trabalhar antes mesmo de tomar posse, em janeiro. Ele esteve nesta segunda (14) em Salvador para tratar da liberação emendas para o município com o deputado federal Félix Mendonça Júnior (MDB), de quem recebeu o apoio. A reunião contou ainda com a presença do ex-deputado federal Severiano Alves, atual secretário-geral da direção estadual pedetista. “Para o PDT, é uma honra poder governar a terra-mãe do Brasil”, comentou Félix.

Vencedor dos presos
Ainda não foi dessa vez que Zé Neto (PT) venceu a eleição para prefeito de Feira de Santana – ele perdeu pela sexta vez, sendo a quarta para José Ronaldo de Carvalho (União), que retorna o comando do Executivo. Mas ao menos no Conjunto Penal do município o petista ganhou, e com 69,23% dos votos. Após a derrota, Zé Neto retomou o mandato de deputado federal, do qual havia se licenciado para se dedicar exclusivamente à campanha.

Amizade e independência
Eleito vereador de Salvador, o presidente municipal do Podemos, João Cláudio Bacelar, afirmou à coluna que pretende dialogar com com o prefeito reeleito Bruno Reis (União). Ele claro, no entanto, que é aliado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), mesmo o pai, o deputado federal João Carlos Bacelar (PV), tendo sido um dos responsáveis por “revelar” Bruno para a política. “Temos uma boa relação pessoal com o prefeito, mas votaremos contra aquilo com o que não concordamos. Seremos independentes”, disse. O vereador Randerson Leal também foi reeleito pelo Podemos.

Cadeira cativa
No Republicanos, é dado com certo que um dos quatro vereadores eleitos do partido em Salvador será secretário no segundo mandato de Bruno Reis. Estão no páreo Luiz Carlos, Júlio Santos e Ireuda Silva, que foram reeleitos, e o novato Kel Torres, que corre por fora. Com isso, vai assumir o mandato o suplente Beca, que já foi vereador na capital. O Republicamos comanda atualmente toda a área de infraestrutura e manutenção da Prefeitura.