Crise hídrica em Irecê ameaça agricultura e pecuária: “Tá difícil de sobreviver”, desabafa agricultor

Da Redação
O município de Irecê, a 482 quilômetros de Salvador, passa por uma escassez de chuvas que têm colocado agricultores e pecuaristas em uma situação desesperadora, provocando prejuízos que ameaçam a sustentabilidade econômica da região.
Segundo relatos de quem vive do setor, de 125 mil hectares plantados, 50% dos produtores tiveram que replantar pelo menos uma vez, enquanto 25% tentaram o plantio por três vezes.
No entanto, a falta de chuvas tem frustrado as expectativas, tornando a situação ainda mais crítica. A seca prolongada comprometeu a produção agrícola, deixando os agricultores com investimentos perdidos e sem perspectiva de retorno financeiro.
A pecuária também tem sofrido severamente, pois, a escassez de água e a falta de pasto colocam os produtores em uma posição delicada, forçando muitos a venderem seus animais a preços reduzidos para evitar perdas ainda maiores.
Como relatam diversos pecuaristas da região, a alternativa de manter o gado na roça se torna insustentável diante da fome e sede dos animais.
“A crise aqui é braba. O povo está vendendo gado para (o animal) não morrer no pasto. Uma das maiores crises da região. Tá difícil de sobreviver. Difícil pra gente, agricultores, passar por este ano. Irrigação está difícil, o gado passando fome”, desabafou um agricultor.
A crise hídrica na região já tem sido pauta de reuniões entre gestores municipais, como a realizada recentemente pela Associação dos Municípios da Microrregião de Irecê (Unipi), onde foi debatida a necessidade de ações imediatas para enfrentar os impactos da estiagem.
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