sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Candidatos do PT não são favoritos em nenhuma capital

Foto: Reprodução

Da Redação

Em 2012, o PT conquistou 630 prefeituras, seu recorde histórico, incluindo São Paulo, com Fernando Haddad. Em 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff e com a Operação Lava-Jato nas ruas, o PT elegeu apenas 256 prefeitos. Em 2020, um ano após Lula ser solto da prisão, a sigla se saiu ainda pior, ganhando a disputa em apenas 182 cidades, nenhuma delas capital. Em 2024, o PT não é favorito em nenhuma capital.

O melhor desempenho do PT nas pesquisas de intenção de voto em capitais é em Fortaleza. O candidato do partido, Evandro Leitão, tem 25%, e está tecnicamente empatado com André Fernandes (PL), com 27%. Na simulação de segundo turno, os dois aparecem empatados com 43%, informa o Datafolha.

Em Teresina, o PT também disputa. Fabio Novo (PT) tem 40%, empatado na margem de erro (de três pontos percentuais para mais ou menos) com Silvio Mendes (União), com 44%. No segundo turno, porém, Mendes venceria o petista por 49% a 44%, diz a Quaest.

Em Goiânia, o PT briga pela liderança, mas também perderia no segundo turno. A deputada federal Adriana Accorsi (PT) está tecnicamente empatada com Sandro Mabel (União): ela tem 22% contra 24% do rival. No segundo turno, o candidato da União Brasil seria eleito com 50% contra 35% da petista, diz a Quaest.

Em Porto Alegre, Maria do Rosário (PT) viu suas intenções de voto caírem de 31% para 24% entre agosto e setembro, enquanto o atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), subiu de 36% para 41%. Melo venceria Rosário no segundo turno por 56% a 33%, também segundo a Quaest.

O PT só lançou candidato em 13 capitais este ano: Aracajú, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Teresina e Vitória. E apoia candidatos em outras 13: Belém, Boa Vista, Curitiba, Macapá, Maceió, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Tocantins.

Prioridade é eleição presidencial

Mesmo com a vitória de Lula na sucessão presidencial de 2022, os petistas não têm chance de figurar entre os partidos vitoriosos na campanha municipal deste ano. No Estado de São Paulo, por exemplo, o plano é saltar de quatro para 15 ou 20 prefeituras, de um total de mais de 600 municípios.

Diante desse cenário, os petistas têm dito que a sigla não prioriza a eleição municipal, mas a próxima corrida ao Palácio do Planalto. Para garantir apoio à reeleição de Lula, o PT abriu mão de disputar agora para favorecer possíveis aliados em 2026, como ocorreu no Rio de Janeiro, com o apoio ao prefeito Eduardo Paes (PSD), e em São Paulo, com a adesão à candidatura do deputado Guilherme Boulos (PSol).

30 de setembro de 2024, 17:40

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