sábado, 20 de abril de 2024

Doria diz que antipetismo será linha ‘predominante’ de sua campanha

Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Da Redação

O governador de São Paulo, João Doria registrou oficialmente sua candidatura para a disputa das prévias presidenciais do PSDB, nesta segunda-feira (20). No momento, ele apresentou uma carta com críticas explícitas aos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No documento, embora destaque que os tempos atuais “são de retrocesso” e faça uma defesa da democracia, não há referências nominais ao presidente Jair Bolsonaro.

A estratégia de Doria tem como principal adversário nas prévias do partido o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tentando mirar na possibilidade de se firmar como alternativa política para os eleitores de centro e centro-direita contra Lula.

“Infelizmente, os anos que se seguiram com os governos de Lula e Dilma representaram a captura do Estado pelo maior esquema de corrupção do qual se tem notícia na história do País. Fazer políticas públicas para os mais pobres não dá direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público. Os fins não justificam os meios”, criticou Doria.

Na cerimônia, na sede do partido, em Brasília, Doria assumiu a opção de voltar prioritariamente suas baterias contra o PT.

“Esse antipetismo será predominante dentro da nossa campanha. Com muita clareza”, afirmou Doria. “Nós vencemos o PT em 2016 e nós vencemos o PT em 2018. E fiz essas duas vitórias de maneira republicana. Nunca utilizei subterfúgios que pudessem ser condenados no âmbito do que eu chamo de educação democrática, de disputar com propostas e não com ataques pessoais. Fiz, inclusive, uma transição republicana, elogiada até hoje em São Paulo, quando o então prefeito Fernando Haddad transferiu a nós a Prefeitura de São Paulo. E este foi o gesto e a conduta que fizemos nessa transição. Volto a afirmar que os fins não justificam os meios. E eu estarei com posição distinta do outro lado daqueles que fizerem esse tipo de opção, seja qual for o partido”, disse o governador.

Sem citar o nome do presidente, a carta faz uma sinalização para o eleitor que possa estar desencantado com Bolsonaro.

“Os tempos são de retrocesso. Retrocesso institucional, democrático, econômico, ambiental, social, político e moral. Nossas instituições têm sido atacadas, mas dão provas de independência e coragem ao defenderem o que temos de mais sagrado: respeito à Constituição, ao Estado Democrático de Direito, com eleições livres, diretas e com voto eletrônico”, disse Doria.

20 de setembro de 2021, 19:39

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