Empresário envolvido no caso do ferro-velho de Pirajá tenta subornar policiais penais dentro da Cadeia Pública de Salvador
Da redação
O empresário Marcelo Batista, investigado no caso do ferro-velho de Pirajá e por duplo homicídio de ex-funcionários, tentou subornar policiais penais dentro da Cadeia Pública de Salvador (CPSa), localizada no Complexo Penitenciário da Mata Escura. As informações são do jornal A Tarde.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) confirmou a tentativa de corrupção ativa ocorrida na última terça-feira (14). De acordo com o órgão, o empresário ofereceu R$ 5 mil a um policial penal em troca de facilidades para integrar a equipe de custodiados que realizam atividades laborais na unidade.
“O servidor recusou a proposta e comunicou imediatamente o ocorrido à Coordenação de Segurança, que informou à Direção da CPSa”, informou a Seap em nota.
Nova tentativa de suborno
Segundo a secretaria, o empresário voltou a agir de forma semelhante no dia seguinte, quarta-feira (15). Durante o deslocamento para prestar esclarecimentos à direção da unidade, Marcelo teria repetido a oferta de R$ 5 mil a outro policial penal.
Diante da reincidência, a direção da Cadeia Pública determinou a condução imediata do detento à Central de Flagrantes, para adoção das medidas legais cabíveis e instauração de procedimento disciplinar. Após o depoimento, ele foi reconduzido ao Complexo da Mata Escura.
“A Seap reafirma o seu compromisso permanente com a ética, a legalidade e o rigor nos procedimentos de segurança, adotando todas as medidas necessárias para preservar a ordem e a integridade do sistema prisional baiano”, concluiu o órgão.
Histórico de prisões
Marcelo Batista foi preso novamente em 4 de outubro, em cumprimento a um mandado por tentativa de homicídio contra três pessoas — duas delas também ex-funcionárias de sua empresa —, que foram alvos de disparos de arma de fogo, mas conseguiram escapar.
Ele já havia sido capturado em 26 de agosto, quando foi encontrado escondido embaixo de um armário, mas foi solto em 11 de setembro, mediante o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares.
O novo mandado, expedido pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), foi cumprido por equipes da 3ª Delegacia de Homicídios, da Agência de Inteligência e da Coordenação de Operações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Jauá, município de Camaçari.








