quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Ex-volante da Seleção, Jucilei perde R$ 45 milhões em esquema de criptomoedas

Foto: Reprodução

Da Redação

O ex-volante Jucilei, com passagens marcantes por Corinthians, São Paulo e pela Seleção Brasileira, é uma das vítimas de um esquema bilionário que prometia lucros exorbitantes com investimentos em bitcoins. O esquema, revelado em reportagem exibida pelo Fantástico no último domingo (15), levou Jucilei a sofrer um prejuízo de R$ 45 milhões.

Aos 36 anos e aposentado desde 2022, Jucilei teve uma carreira internacional que incluiu passagens pela China, Rússia e Emirados Árabes. A investigação conduzida pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos revelou que o esquema era na verdade uma pirâmide financeira, com prejuízos estimados em US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 280 milhões) para os investidores.

O esquema era liderado por um homem que se apresentava como Salvador Molina, suposto CEO da Forcount, uma empresa de investimentos em criptomoedas e sistemas de pagamentos digitais. Contudo, Salvador Molina era apenas um ator contratado para desempenhar o papel de CEO, enquanto o verdadeiro responsável pela empresa era Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o “Sheik do Bitcoin”.

A Polícia Federal brasileira foi acionada após uma solicitação dos agentes americanos, e a investigação revelou problemas em duas empresas associadas a Francisley: a Rental Coins e a InterAg. Em uma operação policial, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 20 endereços relacionados ao esquema criminoso. Em 2022, o valor total movimentado pela estrutura foi estimado em cerca de R$ 4 bilhões.

De acordo com a polícia, o esquema de Francisley resultou em 15 mil vítimas no Brasil, que ainda esperam recuperar uma parte do dinheiro investido. O advogado das vítimas, Bernardo Regueira Campos, relatou ao Fantástico: “Ele sempre gostou de esbanjar, sempre gostou de coisa boa e mostrar para as outras pessoas que tinha condições. E receber na casa dele sempre foi, a princípio, um bom anfitrião”.

Francisley Valdevino da Silva foi preso, mas continuou seus esquemas fraudulentos, utilizando os nomes de ex-funcionários para abrir novas empresas. Recentemente, ele foi novamente preso pela Polícia Federal. Além de enfrentar acusações de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraudes contra o sistema financeiro no Brasil, Francisley é réu em um processo semelhante nos Estados Unidos, junto com os sócios da Forcount.

16 de setembro de 2024, 20:30

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