sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Major preso ao facilitar entrada de celulares em presídio agia a serviço de facção ligada ao Comando Vermelho

Foto: Divulgação

Da Redação

O caso do major da Polícia Militar da Bahia preso em flagrante ao facilitar a entrada de celulares e itens proibidos no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, ganhou novo desdobramento. Segundo o jornal A Tarde, o material tinha como destino o interno Fábio Rocha de Lima, integrante da facção Bonde do Ajeita (BDA), associada ao Comando Vermelho.

A mulher flagrada com os itens na bolsa é tia de Fábio, que está preso na Cadeia Pública de Salvador desde abril deste ano. Apurações indicam que ele atua na lavagem de dinheiro, na negociação de bens de alto valor e no comando do tráfico.

Fábio seria subordinado a Washington David Santos da Silva, o “Boca Mole”, apontado como principal liderança do BDA na Bahia.

As circunstâncias reforçam a suspeita de que o major não agiu sozinho, mas como parte de uma estrutura ligada ao crime organizado. O oficial, identificado como Almir Filho, era lotado no Batalhão de Polícia de Guardas (BPGd) e atuava na Coordenação de Planejamento Operacional.

A prisão ocorreu na segunda-feira (4), após o oficial ser flagrado tentando repassar uma sacola à visitante dentro da área de acesso restrito do presídio. A mulher havia passado pela revista padrão, mas levantou suspeitas e foi abordada novamente.

Na sacola estavam dois celulares, dois carregadores, um fone de ouvido, um chip e um sachê com comprimidos, ainda sob análise.

A ação envolveu diversos órgãos do sistema penitenciário, incluindo a Coordenação de Monitoramento e Acompanhamento do Sistema Prisional (CMASP) e o Grupo Operacional Prisional. Almir Filho foi conduzido à Corregedoria da PM, onde foi autuado em flagrante.

A exoneração do major foi publicada nesta terça-feira (5) no Diário Oficial do Estado. Ele será mantido na Coordenação de Custódia Provisória (CCP) enquanto as investigações seguem.

05 de agosto de 2025, 16:00

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