Paraná Pesquisas: 66,9% dos brasileiros estão mais preocupados com a saúde do que com a situação financeira
Da Redação
Apesar de o presidente Jair Bolsonaro insistir no isolamento vertical (apenas para os grupos de risco) para que a crise do coronavírus não impacte com tanta força a atividade econômica, uma pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas mostra que os brasileiros estão mais dispostos a ouvir o ministro Luiz Henrique Mandetta e as autoridades de saúde.
Para 66,9% dos entrevistados, a preocupação maior está com a própria saúde e de sua família. Apenas 27,2% estão mais preocupados com a situação financeira neste momento.
Além disso, 58,9% percebem que Bolsonaro está mais preocupado com a crise econômica do que com a pandemia. Já 31,3% acreditam que o presidente está mais preocupado com a crise do coronavírus.
O Instituto Paraná Pesquisas entrevistou por telefone 2.372 pessoas nos dias 6 e 7 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
A queda de braço entre Bolsonaro e Mandetta se dá, justamente, nessa seara. O ministro vem reforçando o que recomendam as autoridades de saúde em todo o mundo: o isolamento social horizontal, ou seja, não apenas dos grupos de risco, e sim para toda a população. Bolsonaro insiste na tese da “gripezinha”, sem levar em conta a possibilidade do colapso no sistema de saúde no país com o aumento exponencial no número de casos.
Durante toda a segunda-feira, eram fortes os rumores de que Mandetta seria demitido em plena crise do coronavírus. Somente ao final do dia, foi confirmado que o ministro permaneceria no cargo.
Até o momento, o Brasil já tem mais de 13 mil casos confirmados e 667 mortes causadas pela Covid-19.