Policiais militares baianos são investigados por promover o ‘Jogo do Tigrinho’ nas redes sociais

Da Redação
Dois soldados da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) estão sendo investigados por suposto envolvimento com a divulgação de jogos de azar nas redes sociais, entre eles o chamado “Jogo do Tigrinho”, uma prática vedada pela legislação brasileira. Ambos os agentes foram afastados temporariamente das funções operacionais enquanto o processo disciplinar segue em andamento.
Segundo informações divulgadas em boletim interno da corporação no último dia 15, os policiais identificados são Anderson Bruno Souza dos Santos, lotado na Companhia Independente de Policiamento Tático do Recôncavo (CIPT/Recôncavo), e Flora Taís Machado do Nascimento, vinculada ao Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). Os dois respondem a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
De acordo com o documento, entre maio e agosto de 2024, o soldado Anderson usou suas redes sociais para divulgar sorteios e promover jogos de azar, frequentemente fardado e se identificando como policial militar. Uma das ações citadas foi a rifa “Bigode Premiações”, com cotas de R$ 200 e prêmios que chegavam a R$ 6 mil.
Já a soldado Flora Taís teria promovido links e conteúdos relacionados ao “Jogo do Tigrinho” entre 12 de janeiro e 23 de fevereiro deste ano. Nas redes sociais, ela incentivava seguidores a apostar na plataforma, oferecendo a promessa de ganhos fáceis.
Ambos foram afastados do serviço ativo e estão proibidos, de forma temporária, de usar a farda, equipamentos institucionais ou qualquer item que remeta à imagem da corporação até a conclusão das investigações.
A atuação dos militares nas redes sociais é regulada pela portaria nº 015-CG/22 da PM-BA, que estabelece limites para o uso de símbolos da corporação, vestimentas oficiais e outros elementos visuais. Entre as condutas vedadas estão a associação da imagem institucional a atividades comerciais ou ilícitas e a interação com perfis ligados a práticas criminosas.
A Polícia Militar informou que eventuais violações às normas internas e ao Código de Ética da corporação serão apuradas com rigor.