Policial federal preso por plano de matar Lula é baiano; família articula vaquinha para pagar advogados
Da Redação
Natural de Salvador, o policial federal Wladimir Matos Soares, 53 anos, foi preso ontem (19) como um dos suspeitos de planejar os assassinatos do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em 2022, após a eleição.
Wladimir era agente há 22 anos e integrou o setor de inteligência Secretaria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) em 2008, além de atuar na Polícia Federal em Salvador antes de ser transferido para Brasília.
O pedido prisão preventiva contra ele foi executado pela Polícia Federal, na Operação Contragolpe, e destaca que o agente baiano atuou “na parte do planejamento operacional que previa o assassinato do presidente e do vice”.
Ainda segundo a apuração, o policial atuou a favor de uma organização criminosa que previa consumar um golpe de estado, fornecendo informações que pudessem subsidiar as ações
Vaquinha
Menos de 24h após a prisão de Wladimir, a esposa dele, Vanessa Isac Monteiro de Oliveira, abriu uma vaquinha online para pagar os advogados que vão ser contratados para defender o agente.
No texto que justifica o motivo da arrecadação, ela afirma que precisa do dinheiro por conta dos altos custos para defesa do marido.
“Venho solicitar o apoio de todos os amigos. Ele foi encaminhado à sede da PF e, até o momento, não temos informação sobre as acusações. Em razão disso, teremos custos muito altos com advogado”, escreve a esposa. Até as 12h desta quarta (20), a mobilização arrecadou mais de R$ 10,3 mil.
Dos cinco presos na Operação Contragolpe, Wladimir é o único que não é militar. Os outros quatro ocupavam cargos de alta patente no Exército Brasileiro e eram parte do grupo conhecido como “Kids Pretos”, militares treinados para operações especiais e sigilosas.