sexta-feira, 26 de abril de 2024

Rapidinhas: A volta das chuvas e do bom senso; Nilo no PSB e Luiz Viana fora da disputa na OAB

Foto: Camila Souza/ GOVBA

Davi Lemos

O retorno do bom senso

A segunda onda das chuvas que atingem e devastam boa parte do sul e extremo-sul baianos e já deixam uma marca de 20 mortos até esta segunda-feira (27) trouxe um alento: os políticos desta terra, lotados em gabinetes do governo estadual ou do federal, deixaram, ao menos aparentemente, o flagrante ímpeto eleitoreiro das primeiras intervenções. Não era hora de trocar farpas pela imprensa, de fazer carreata; não era hora para antecipar 2022. A foto que circulou no domingo (26) com o ministro da Cidadania, João Roma, o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner foi um alento. Desde as primeiras chuvas, Wagner é visto como uma ponte entre o governo estadual e o federal e artífice para que reine o bom senso.

União dos prefeitos

Os prefeitos das cidades atingidas também estão mobilizados em busca de recursos para socorrer os moradores e garantir também a reconstrução da infraestrutura municipal que foi destruída. Com o intermédio da União dos Municípios da Bahia (UPB), os prefeitos articulam com os deputados federais baianos a liberação de recursos por meio de emendas de bancada. Nesta segunda-feira, por exemplo, todos os 63 deputados estaduais anunciaram o envio de R$ 12,3 milhões das emendas impositivas para atender às vítimas das enchentes; ao mesmo tempo que a bancada federal corre atrás do presidente Arthur Lira (PP/PI) para garantir recursos do orçamento da União para as cidades baianas.

Deputado federal Marcelo Nilo e a deputada federal Lídice da Mata (Foto: Divulgação/PSB/Arquivo)

Nilo fica

Apesar de todas as especulações levantadas neste ano sobre a possível saída do deputado federal Marcelo Nilo do PSB, a presidente estadual da sigla e também deputada federal Lídice da Mata atesta que o colega permanecerá no partido. “Marcelo Nilo fica no PSB. Não tem nenhum sinal de que saia do partido”, pontuou Lídice da Mata, em contato com esta coluna. Antes de haver a possibilidade de formação das federações partidárias, a análise era a de que o PSB só teria votos para eleger Lídice ou Nilo; com a federação que pode unir PSB, PCdoB e PT, acredita-se que as atuais bancadas tanto do PSB quanto do PCdoB sejam reeleitas ou sejam mantidos os números de parlamentares eleitos.

CPI das Fake News

Lídice da Mata, que também é relatora da CPMI das Fake News, diz que o colegiado deve tornar a se reunir em fevereiro, mas esclarece que isso dependerá tanto de deliberação do presidente do Senado quanto do presidente da comissão mista, o senador baiano Angelo Coronel (PSD). O pessedista, inclusive, projetava que a CPMI voltasse a atuar com o término dos trabalhos da CPI da Covid; como as investigações foram prorrogadas, a CPMI das Fake News teve reinício programado para 2022. Uma das preocupações do colegiado era conter os disparos em massa para as eleições do ano que vem; mas até essa demanda já foi atendida pela reforma eleitoral.

Bobô na área

Deputados de oposição e do governo comentaram a maior participação do deputado estadual Bobô (PCdoB) nos debates ocorridos nas sessões deste final de ano na Assembleia Legislativa da Bahia. O ex-jogador e ídolo do Bahia sempre foi um craque com as palavras. A elegância com as palavras do eterno camisa 8 do Tricolor até ajudou a conter o ar beligerante entre os deputados Jacó (PT), Paulo Câmara (PSDB) e Sandro Régis (DEM), durante o tenso debate ocorrido entre o trio quando os deputados votavam a liberação de R$ 20 milhões para auxílio às vítimas das chuvas.

Médica senadora?

A ex-secretária de Saúde de Porto Seguro, Raíssa Soares, filiou-se ao PL e confirmou a intenção de disputar uma vaga no Senado pela Bahia. A filiação ocorreu junto ao presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto. Mas as apostas no campo bolsonarista é que Raíssa seja candidata a deputada federal, uma vez que não está descartada, ao menos nesse espectro da política baiana, uma aliança pragmática entre João Roma e ACM Neto – o ministro da Cidadania disputaria, no caso, o Senado.

Vice-presidente da OAB, Luiz Viana. (Foto: Davi Lemos)

Luiz Viana fora da disputa

O atual vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Luiz Viana, não disputará as eleições à presidência da Ordem. Nas eleições marcadas para 31 de janeiro de 2022, somente há um candidato inscrito: o atual secretário-geral José Alberto Simonetti, que é conselheiro federal por Manaus. “Eu não serei candidato”, disse Luiz Viana, que afirmou que apoiará Simonetti. O ex-presidente da OAB-BA e líder do grupo ao qual pertence o atual presidente da seccional baiana, Fabrício Castro, e a presidente eleita, Daniela Borges, disse que não houve condições políticas para que ele apresentasse sua candidatura.

27 de dezembro de 2021, 16:36

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