Rapidinhas: Os candidatos mais ricos, o perdedor do debate e o deputado “boca suja”

Alberico Gómez e equipe

Bens declarados
Entre os três principais candidatos a prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), que disputa a reeleição, é aquele que declarou à Justiça Eleitoral possuir mais bens, seguido do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e do professor Kleber Rosa (PSOL). Bruno declarou R$ 898.557,37, sendo o maior montante, R$ 768.202,29, correspondente à previdência complementar da Assembleia (ele foi deputado). O emedebista, por sua vez, informou bens de R$ 471.523,97, com destaque para R$316.336,27 de um empréstimo junto à GM Consultoria. Kleber, por sua vez, apontou R$ 455.000,00, incluindo um apartamento de R$ 330.000,00.

Posses das vices
Entre as companheiras de chapa dos três postulantes, Ana Paula Matos (PDT), atual vice-prefeita de Salvador e que disputa a reeleição, é a que declarou possuir mais bens, no total de R$ 1.348.141,53, o que inclui um apartamento de R$ 1.129.900,58. Fabya Reis (PT), vice de Geraldo Júnior, declarou R$ 534.347,14 em bens, sendo quase R$ 500.000,00 em aplicação de renda de fixa. Já Dona Mira (PSOL), da chapa de Kleber Rosa, informou apenas R$ 6.000,00 referente a um imóvel.

Patrimônio dos “Zés”
Em Feira de Santana, onde a disputa é polarizada entre os “Zés” (Ronaldo, do União Brasil, e Neto, do PT), o deputado federal é o mais “rico”, tendo informado R$ 3.981.478,45 à Justiça Eleitoral, incluindo diversos imóveis, terrenos e veículos. O ex-prefeito declarou bens que somam R$ 612.383,35, incluindo um modesto apartamento de apenas R$ 6.245,75.

Suíça baiana
Já em Vitória da Conquista, terceiro maior município da Bahia, o candidato a prefeito mais “rico” é o deputado federal Waldenor Pereira (PT), que informou R$ 1.023.010,87 em bens, o que inclui um apartamento em Salvador de R$ 282.522,95. Logo depois aparece a prefeita Sheila Lemos (União), com R$ 698.625,70, com destaque para um veículo de R$ 308.184,88. A vereadora Lúcia Rocha, postulante do MDB, declarou R$ 382.260,71, tendo como maior patrimônio um apartamento de R$ 300.000,00 em Brasília.

Golpes mortais
O debate da Band entre os candidatos à Prefeitura de Salvador deixou claro que vai ser difícil para Geraldo Júnior tentar uma “dobradinha” com Kleber Rosa visando atacar a gestão de Bruno Reis. O postulante do PSOL partiu para cima do emedebista de olho nos votos da esquerda. No final das contas, quem sofreu os golpes mais mortais durante o programa foi o vice-governador, sobretudo a respeito da própria trajetória política. Kleber venceu o debate, nitidamente. E quem perdeu foi Geraldo Júnior.

Fugindo do desgaste
Por falar em debate, a tendência é que Bruno Reis participe agora apenas do último confronto, o da TV Bahia, que acontece três dias antes do primeiro turno. A estratégia da equipe de campanha do prefeito é evitar desgastes desnecessários, uma vez que o candidato à reeleição segue com folga na dianteira da corrida eleitora, segundo as pesquisas. Mas isso pode mudar caso a campanha de Bruno detecte crescimento dos adversários.

Olho no jovem
Em Salvador, a candidatura a vereador do presidente da Juventude do União Brasil, Lucas Moreno, é importante para o prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo, que é do mesmo partido. Além de ter sido assessor do gestor, Lucas será um dos apoiadores do gestor em 2026 da candidatura de Elinaldo a deputado estadual. O prefeito tem se articulado fortemente sobretudo na capital e Região Metropolitana visando conquistar uma cadeira na Assembleia.

Boca suja
O deputado federal Ricardo Maia (MDB) foi para cima não só dos adversários, mas também de políticos do mesmo grupo político nas convenções dos candidatos a prefeito ligados a ele nos municípios da região nordeste do Estado. Depois de afirmar que a deputada estadual Fátima Nunes (PT) integra uma “quadrilha”, ao discursar em Cícero Dantas, o emedebista partiu para cima do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em Banzaê. Ricardo Maia nunca gostou de Rui Costa, e vice-versa.

Imbróglio do norte
A direção estadual da Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, terá mais uma reunião nesta terça-feira (13), em Salvador, para tentar resolver o impasse sobre a candidatura a prefeito de Juazeiro. Hoje (12), o presidente do PT baiano, Éden Valadares, reafirmou que o nome do ex-prefeito e petista Isaac Carvalho, mesmo inelegível, segue no páreo. No final de semana, o PV reforçou, em nota, o apoio ao deputado estadual Roberto Carlos, nome da legenda. “Quem gosta de Banzaê não é ministro, nem governador, mas sim o povo”, declarou.

Padrinho político
Candidato em Itabuna, o deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) fracassou nas articulações para atrair o apoio do ex-prefeito Capitão Azevedo (União) e do médico Isaac Nery (PDT). Azevedo culpa o parlamentar por ter sido retirado da disputa pelo próprio partido, com o aval de ACM Neto (União). Nery, que confirmou a candidatura, enxerga Pancadinha como mais um representante do governador Jerônimo Rodrigues (PT) no município, tanto que o ex-prefeito Geraldo Simões, petista histórico, se tornou um dos “padrinhos” políticos do deputado.