segunda-feira, 29 de abril de 2024

Rapidinhas: Os destinos de Sidninho e Aleluia, os petistas baianos que ignoraram o golpe de 1964 e a nova profissão de Marcelo Nilo

Foto: Divulgação

Alberico Gomez e equipe

A janela que se fecha

* Termina no sábado (06) o prazo das filiações partidárias para quem vai ser candidato a prefeito ou vereador nas eleições deste ano, daí o corre-corre nos partidos esta semana. Entretanto, cada legenda pode enviar a lista com os filiados para a Justiça Eleitoral até o dia 16 de abril. Ou seja, na prática, só se saberá com 100% de certeza sobre o cenário real após essa data limite. Até lá, surpresas ainda podem ocorrer. Por conta disso, sempre tem aquele pré-candidato que não revela o destino partidário logo no dia 6. Prefere aguardar os acontecimentos.

* Para quem tem mandato de vereador, o prazo para o troca-troca de partido se encerra no próximo dia 5, quando se fecha a chamada janela partidária. Em Salvador, ao menos 16 edis já mudaram ou pretender mudar de sigla ainda esta semana. Dois encontram maior dificuldade: Sidninho (Podemos), que ainda almeja migrar para o PSDB ou o Cidadania, e Alexandre Aleluia (PL), que desejava ingressar no PP ou União Brasil. O prefeito Bruno Reis (União) tenta resolver a equação.

* No caso de Sidninho, ele só entra no PSDB ou no Cidadania (as duas legendas formam uma federação) se o vereador tucano Téo Senna sair, como já deixou claro o presidente da Câmara Municipal, o vereador Carlos Muniz, que é do mesmo partido e lidera a montagem da chapa proporcional do grupo. Como isso não deve acontecer, porque Téo resiste em sair, já se fala que Sidninho pode ir para o PDT.

* No caso de Alexandre Aleluia, vereadores do PP e do União Brasil fecharam as portas para o edil com medo perderem a vaga. Com isso, a tendência é que ele permaneça no PL, se o presidente do partido na Bahia, o ex-ministro João Roma, deixar. “Aleluia, que se descolou até do bolsonarismo, vinha fazendo fogo amigo dentro do partido e agora depende de Roma para ser candidato. É o castigo dos oportunistas”, disse um importante quadro do PL à coluna.

* Presidente do Solidariedade na Bahia, o deputado estadual Luciano Araújo garante que a legenda terá uma chapa de candidatos a vereador de Salvador capaz de eleger ao menos um representante. Ele admitiu que existe uma operação da Prefeitura para esvaziar a chapa proporcional da sigla, inclusive com a ida do presidente municipal do partido, o ex-vereador Adriano Meirelles, para o PSDB, mas ressaltou que “vai resistir”. “Quando fechar a janela partidária, eu vou provar”, declarou.

Passos monitorados e os disciplinados

* Os adversários do governador Jerônimo Rodrigues estão de olho nas movimentações do petista para monitorar possíveis infrações à legislação eleitoral. Não perdoaram sequer quando o chefe do Executivo estadual utilizou um megafone com adesivos do PT ao visitar, no final de semana, o município de Barra do Rocha, no último final de semana.

* Aliás, Jerônimo havia prometido, no final de 2023, quando os partidos aliados escolheram o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) como candidato em Salvador, reunir o conselho político para definir as candidaturas a prefeito no interior, mas isso nunca ocorreu. Um dos maiores impasses se dá em Juazeiro, onde o ex-prefeito Isaac Carvalho (PT), que segue inelegível, tenta impor o próprio nome ao PV, PCdoB, MDB e PSB. A estratégia do petista já é bem conhecida na cidade.

* O presidente Lula determinou que o governo não fizesse menção ao aniversário do golpe militar de 1964 e foi obedecido por Jerônimo, pelo senador Jaques Wagner (PT) e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Nenhum dos baianos fez qualquer publicação nas redes sociais lembrando dos torturados e dos mortos pelo período nefasto da história do Brasil. Outros sete ministros de Lula tiveram mais coragem e o fizeram. Mesmo desagradando a caserna.

Planos futuros

* Sem mandato e sem cadeira de conselheiro do tribunal de contas, Marcelo Nilo (Republicanos) decidiu investir em outra carreira profissional: a de repórter esportivo. No gramado do Barradão, ele, que é rubro-negro, entrevistou, de forma exclusiva, os jogadores do Vitória após o BAxVI de domingo (31). E ainda bancou o cinegrafista. Só faltou ouvir o “outro lado”. Postou o resultado nas redes sociais.

* Já a secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis, quer ser candidata a vice-prefeita de Salvador na chapa de Geraldo Júnior. Mas ela só deve deixar o comando da pasta em junho, pois, pela legislação eleitoral, só precisa se desincompatibilizar há quatro meses do pleito. Esta semana, mesmo podendo sair também em junho, quem deve deixar o governo baiano são os secretários de Relações Institucionais, Luiz Caetano (PT), e da Educação, Adélia Pinheiro (PT), pré-candidatos ao Executivo em Camaçari e Ilhéus, respectivamente.

01 de abril de 2024, 18:00

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