sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Rapidinhas: Rui quer o Senado, Coronel deve se contentar com a vice e Bolsonaro desanima bolsonaristas do Sul da Bahia

Foto: Reprodução

Da Redação

De cabeça na briga

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, deixou claro, em entrevista à imprensa durante uma solenidade em Salvador, nesta segunda-feira (23), que não pretende deixar o PT para ser candidato ao Senado em 2026 pelo Avante. Avisou, também, que vai concorrer a uma das duas cadeiras da Alta Casa do Congresso pela Bahia se tiver o aval do presidente Lula. Caso isso ocorra, operadores do Executivo estadual já admitem que o PT terá três das quatro vagas da chapa majoritária, pois o governador Jerônimo Rodrigues e o senador Jaques Wagner tentarão a reeleição. Nesse caso, caberia ao PSD do senador Otto Alencar indicar o posto de vice, hoje do MDB.

Tarefa árdua

A articulação ensaiada por lideranças próximas de Jerônimo para acomodar Rui é que o candidato a vice na chapa de Jerônimo em 2026 seja o atual senador Ângelo Coronel (PSD), que abriria mão da reeleição em favor do ministro. Convencer o parlamentar seria tarefa para Otto. Assim como Coronel, o MDB também pretende fazer jogo contra essa alternativa, mesmo que Geraldo Júnior, atual vice-governador indicado pela legenda, saia da eleição na capital menor do que entrou.

Jogo das cadeiras

Nas costuras para a chapa governista de 2026, as vagas que serão abertas até lá nos tribunais de contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM) terão peso dobrado, assim como a presidência da Assembleia Legislativa. Os caciques do MDB, por exemplo, alegam que se o deputado Adolfo Menezes, do PSD, for reeleito presidente do Legislativo estadual, a legenda de Otto não teria o direito a reivindicar um espaço na chapa se abrir mão da cadeira de Coronel para Rui Costa. Vale lembrar que o Avante, comandado pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto, também quer seu espaço. Dizem que será a cadeira de suplente de Rui.

Bolsonaro em Itabuna

O candidato do PL a prefeito de Itabuna, Chico França, ficou frustrado com a negativa do ex-presidente Jair Bolsonaro, principal liderança nacional da legenda, de participar presencialmente de um ato de campanha do aliado no município. Estava prevista uma agenda até o final de setembro, o que não deve mais ocorrer, já que Bolsonaro decidiu não visitar a Bahia durante o primeiro turno das eleições municipais. Essa ausência pode impactar na campanha de Chico, que buscava reforçar o vínculo com o ex-presidente como estratégia para crescer nas pesquisas.

Grana do PL

Por falar em PL, o partido destinou mais R$500 mil de doação para o candidato do União Brasil à Prefeitura de Camaçari, vereador Flávio Matos. Trata-se do segundo reforço financeiro enviado pela sigla bolsonarista à campanha do sucessor do prefeito Antonio Elinaldo (União). Antes, o PL havia assegurado R$900 mil. O adversário do PT, Luiz Caetano, tenta tirar proveito político do fato. “Flávio, Elinaldo e Bolsonaro são farinha do mesmo saco. Um total de R$1,4 milhão foi destinado para financiar a continuidade da atual gestão, que tem negligenciado Camaçari e seu povo”, escreveu o petista nas redes sociais.

Guerra dos cifrões

No total, Flávio Matos já recebeu pouco mais de R$6 milhões em doações de partidos como o União Brasil, o PL, o Republicanos, o Cidadania, o PSDB e o PP. Já Luiz Caetano foi agraciado com mais de R$3,8 milhões, sendo cerca de R$2 milhões do PT, único partido que contribuiu para a campanha, apesar de ter aliados fortes, como o PSD. Vale destacar que, apesar da desvantagem financeira, a principal aposta do PT na Região Metropolitana de Salvador é vencer em Camaçari.

Adélia absoluta

Em Ilhéus, a candidata do PT, Adélia Pinheiro, reinou absoluta no debate promovido pela Rádio Boa FM, na sexta-feira (20). Os concorrentes Valderico Júnior e Bento Lima (PSD) não compareceram – o primeiro alegou ter tido um problema no deslocamento de uma agenda na zona rural para o evento, enquanto o segundo apontou problemas de saúde. O adversário que apareceu, Coronel Resende, do PL, sentiu-se mal durante o programa e deixou o debate. Com isso, o que era para ser um confronto virou uma entrevista. Nas redes sociais, Adélia chamou Valderico de “arregão”.

Mudança de rumo

O deputado federal Neto Carletto recuperou, na Justiça Eleitoral, o comando do partido dele, o PP, em Eunápolis. Ele havia sido afastado pelo diretório estadual da legenda, capitaneado pelo deputado federal Mário Negromonte Júnior. Com Carletto fora do cargo, a sigla declarou apoio à candidatura do ex-prefeito Robério Oliveira (PSD). Agora, a expectativa de apoio ao concorrente Neto Guerrieri, do Avante, comandado na Bahia pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto, tio do pepista.

Vaquinha familiar

Em Barreiras, o candidato a prefeito do Novo, Davi Schmidt, arrecadou R$411 mil de doações de pessoas físicas para a campanha. A maior parte dos recursos foi destinada por familiares do candidato, que é ligado ao agronegócio no oeste baiano. Vale lembrar que uma parte dos postulantes do Novo tem como filosofia não aceitar recursos do fundo eleitoral, alegando que são verbas públicas. Mas em Porto Seguro, o candidato da sigla à Prefeitura, Alyson Montezano, aceitou R$50 mil da direção nacional da agremiação.

Disputa acirrada

A disputado dentro do União Brasil na eleição para vereador de Salvador segue intensa. Fontes do Palácio Thomé de Souza garantem que, entre as sete ou oito vagas que a sigla deve assegurar, quatro já estariam virtualmente ocupadas por Duda Sanches, Paulo Magalhães Júnior, Kiki Bispo e Cláudio Tinoco, todos concorrentes à reeleição. No mais, estariam na briga as vereadoras Cátia Rodrigues e Marcelle Moraes, além do ex-vereador Alberto Braga e o neófito Marcelo Neto, o herdeiro do ex-deputado Marcelo Guimarães Filho.

23 de setembro de 2024, 18:20

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