Três líderes baianos do Comando Vermelho estão entre os mortos na megaoperação policial no Rio de Janeiro
Da Redação
Três homens apontados como chefes do Comando Vermelho (CV) na Bahia estão entre os mortos na megaoperação policial realizada nesta semana nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. Os suspeitos foram identificados como Diogo Garcez Santos Silva (DG), Fábio Francisco Santana Sales (FB) e Danilo Ferreira do Amor Divino, conhecido como “Dani” ou “Mazola”, este último apontado como líder do tráfico em Feira de Santana.
Segundo a Polícia Civil fluminense, ao menos 11 baianos estão entre os 117 mortos na operação, considerada uma das mais letais da história do estado. A ação, que envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, tinha como objetivo desarticular o Comando Vermelho e cumprir mais de 200 mandados judiciais.
As dezenas de corpos deixados na Praça São Lucas, no Complexo da Penha, começaram a ser identificadas nesta sexta-feira (31). A Polícia Civil confirmou a identificação de 109 corpos, restando 18 sem reconhecimento.
De acordo com o levantamento, 78 dos mortos tinham histórico de crimes graves, como homicídio, tráfico e organização criminosa. Outros 42 eram foragidos da Justiça e 39 eram de fora do Rio de Janeiro. Nenhum havia sido denunciado pelo Ministério Público do Rio no processo que originou a operação.
Os corpos foram reconhecidos por familiares no Instituto Médico-Legal (IML) e estão prontos para liberação. A ofensiva também resultou em 113 prisões, sendo 33 de pessoas de outros estados e 10 adolescentes. Desse total, 54 têm antecedentes criminais.
Os baianos mortos apontados como líderes do CV
DG (Diogo Garcez Santos Silva) — 31 anos, com passagens por associação para o tráfico e porte ilegal de arma. Atuava em Feira de Santana e tinha processos na Bahia e em São Paulo.
FB (Fábio Francisco Santana Sales) — 36 anos, natural de Alagoinhas, tinha registro policial por ameaça.
Mazola (Danilo Ferreira do Amor Divino) — 38 anos, natural de Feira de Santana, respondia a 20 processos na Bahia e um no Rio de Janeiro. Apontado pela Polícia Civil como chefe do tráfico de drogas na cidade.
Fuga do principal alvo
O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, considerado o maior chefe do Comando Vermelho em liberdade, conseguiu escapar do cerco policial. O Disque Denúncia oferece R$ 100 mil por informações sobre seu paradeiro.
Nascido em 1970, Doca foi preso em 2007 por tráfico de drogas e porte ilegal de arma, mas estava em liberdade. Na hierarquia da facção, ele está abaixo apenas de Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar, ambos presos em penitenciárias federais.








