domingo, 22 de dezembro de 2024

Cingapura precisou de três meses para vencer o Aedes aegypti

Cingapura é um país tropical, que também enfrenta um problema característico de climas assim: a proliferação do mosquito Aedes aegypti. A cidade-estado, que fica na Ásia, adotou um rigoroso programa no final dos anos 1960, que em três meses reduziu de 16% para 2% o índice de locais inspecionados onde foram encontradas larvas e pupas (estágio anterior à fase adulta) do mosquito e manteve a baixa incidência de dengue, principal doença transmitida pelo inseto no país.

O país asiático erradicou o mosquito com pesado investimento em controle; coleta e análise de informação estratégica; e punição ao desleixo. A Agência Nacional de Meio Ambiente (NEA, na sigla em inglês), órgão responsável pela vigilância, fa o acompanhamento sistemático por meio de armadilhas, permitindo ao governo mapear onde há maior incidência de mosquitos férteis e, então, responder com esforço redobrado nestas áreas.

Mas no Brasil a situaçaõ é mais complicada devido ao vasto território e a necessidade de medidas rigorosas inviabilizariam a estratégia asiática no Brasil. “Não podemos replicar o modelo de Cingapura. É completamente diferente. Cingapura é muito pequena, muito rica e muito severa em suas leis. Todo país precisa adaptar medidas de controle às suas condições”, diz o médico Jonas Schmidt-Chanasit, professor do Instituto Bernard-Noch de Medicina Tropical e especialista do Centro de Colaboração e Pesquisa para Arbovírus e Febre Hemorrágica da Organização Mundial de Saúde.

08 de dezembro de 2015, 13:20

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