Gabinete de Flávio Bolsonaro empregou mãe e mulher de chefe de milícia no Rio
Segundo informações do jornal O Globo, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) empregou até novembro do ano passado a mãe e a mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do Escritório do Crime , organização suspeita do assassinato de Marielle Franco.
Nóbrega era um dos alvos dos mandados de prisão em operação realizada nesta terça-feira, 22, e está foragido. O policial é acusado, há mais de uma década, de envolvimento em diversos homicídios.
Ainda de acordo com o Globo, ele e outro integrante da quadrilha foram homenageados por Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio.
Em nota, o senador eleito diz que é alvo de campanha difamatória e responsabiliza o ex-assessor Fabrício Queiroz pelas nomeações.
O desgaste na imagem do filho de Jair Bolsonaro continua com a soma de casos que envolve o nome do ex-deputado. Ele teve confirmada ontem a sua versão de que os R$ 100 mil recebidos em dinheiro vivo seriam parte da quitação da venda de um apartamento. Justificou também que a maior parte de sua renda vinha da atividade empresarial.
No entanto, informações obtidas pela Folha de S. Paulo mostram que a compra de imóveis por Flávio Bolsonaro ocorreu antes de ele abrir uma franquia da Kopenhagen em um shopping do Rio.
Segundo a publicação, o filho do presidente Bolsonaro realizou 20 transações imobiliárias em 14 anos, entre vendas, compras e permutas, a maior parte antes de 2015, ano em que abriu a loja.