Depoimento de pecuarista de 2008 revela que miliciano morto na Bahia trabalhava para bicheiro no Rio

Da Redação
Morto em operação policial na Bahia, o miliciano Adriano da Nóbrega chegou a ocupar um grupo de contraventores no Rio de Janeiro no mesmo ano em que foi defendido publicamente pelo atual presidente Jair Bolsonaro. Nóbrega foi também homenageado, na época, pelo filho do presidente, o agora senador Flávio Bolsonaro.
Segundo a Folha de S. Paulo, a informação consta em depoimento, do ano de 2008, do pecuarista Rogério Mesquita, que era colaborador do grupo de Waldemiro Paes Garcia, o Maninho, um dos chefes do jogo do bicho e de máquinas de caça-níqueis no Rio de Janeiro.
O ex-capitão da PM recebeu a medalha Tiradentes de Flávio Bolsonaro em junho de 2005 e foi defendido por Jair Bolsonaro, então deputado federal, na Câmara, em outubro do mesmo ano.
“Isso [a homenagem] aconteceu há 15 anos atrás. As pessoas mudam. Para o bem ou para o mal”, declarou o presidente há duas semanas.
Flávio Bolsonaro também deu uma justificativa semelhante: “Condecorei o Adriano há mais de 15 anos. Como posso adivinhar o que ele faz de certo ou errado hoje?”.