terça-feira, 30 de abril de 2024

Bolsonaro usa prorrogação de auxílio emergencial como ‘moeda’ política

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro não esconde sua intenção de tentar a reeleição ao cargo de chefe do Executivo nacional. Além de criar o Renda Brasil – para substituir o Bolsa Família, tendo um programa social para chamar de seu -, o presidente autorizou e ficou animado com a possibilidade de extensão do auxílio emergencial até o fim do ano.

De acordo com um ministro, a ideia foi vista de forma positiva e está de fato sendo estudada. A avaliação, segundo o portal UOL, é de que há um potencial político importantíssimo que o presidente pode angariar com a extensão do benefício.

Da mesma forma que deu aval para que Paulo Guedes tente convencer o congresso da necessidade da “nova CPMF”, o presidente quer agora que o ministro da Economia encontre meios de tornar a medida uma espécie de política de governo. O que mostra que antes de mais nada a medida é uma jogada política e não econômica.

Até porque ela terá uma consequência grave: o problema do rombo no caixa, que virá caso a medida seja ampliada. O programa tem um custo mensal aproximado de R$ 50 bilhões. Uma eventual prorrogação com as mesmas regras até o fim do ano faria o custo total chegar a R$ 450 bilhões.

04 de agosto de 2020, 20:59

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