quinta-feira, 3 de julho de 2025

Entidades empresariais adotam tom bolsonarista em críticas a governadores e prefeitos

Foto: Divulgação/Secom

Da Redação

Entidades empresariais como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) publicaram hoje (26) uma nota paga em jornais da capital protestando contra estados e prefeituras que têm determinado o fechamento de comércios não essenciais em função do combate à pandemia da Covid-19, como é o caso da Bahia, Salvador e vários outros municípios baianos.

A nota repete críticas feitas a governadores e prefeitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quando culpa as autoridades estaduais e municipais pelo agravamento da crise a partir do fechamento de hospitais de campanha, acrescentando ainda que a fome e o desemprego também matam, e não apenas o coronavírus.

As entidades dizem que os impostos continuam sendo pagos e os comércios que ficam devendo tributos são obrigados a pagar multas “absurdas”. “É o caso de cobranças de IPTU e ICMS, por exemplo. Milhares de lojas já quebraram e milhões de empregos já foram extintos”, afirma o comunicado.

Segundo as entidades, governos e prefeituras estão matando o comércio aos poucos. “Não aceitamos mais funcionar parcialmente. Temos que operar plenamente. Não dá para trabalhar continuamente no prejuízo”. A nota diz ainda que os empresários adotaram medidas sanitárias rígidas para evitar aglomerações e minimizar contaminação.

As entidades culpam os governos pelo “abre e fecha” do comércio não essencial. “E tudo isso por incompetência do setor público, notadamente na área de saúde, em que já vinham em condições críticas e foi agravada pelo fechamento de hospitais de campanha construídos em 2020”.

“Precisamos que os governantes parem de usar a pandemia como plataforma política. É preciso estancar a crise social. Precisamos de medidas e programas de assistência a empresas e empregados. A fome e o desemprego também matam”, conclui a nota.

O comunicado de caráter nacional é assinado por mais de 100 associações e sindicatos do setor produtivo de vários estados, além das citadas acima. Vale lembrar que o governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), tem atuado de forma articulada na adoção de medidas restritivas que têm incomodado as atividades comerciais não essenciais. Eles alegam que as ações são necessárias para salvar vidas e conter a proliferação da doença.

26 de maio de 2021, 10:54

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