Em entrevista, Wagner Moura diz que Bolsonaro “veio do esgoto”
Da Redação
Depois de alguns adiamentos, o filme dirigido pelo baiano Wagner Moura, “Marighella”, vai, finalmente, estrear nos cinemas.
O adiamento foi motivado, supostamente, por questões políticas e, em entrevista à Folha de S. Paulo, Moura não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
“Eu costumo dizer que a vitória do Bolsonaro nas eleições foi trágica, mas pedagógica. Esse cortejo de mediocridade que vem atrás dele mostra que o Bolsonaro não é um alien, não veio de Marte. Ele é um personagem profundamente conectado ao esgoto da história brasileira, que nos mostra que o Brasil não é só um país de originalidade, de beleza, de potência, de diversidade, de biodiversidade”, declarou.
Para o ator e diretor, Bolsonaro fez um favor ao revelar “esse outro Brasil, que estava camuflado, autoritário, violento, racista, de uma elite escrota”.
“O Brasil é um país que nem é mais uma piada internacional. Quando os estrangeiros vêm falar com a gente, eles falam com pena. Agora nós temos que enfrentar isso”, acrescentou.
Wagner Moura estará na segunda-feira (25) em Salvador para a pré-estreia do filme “Marighella”, que retrata a vida do guerrilheiro comunista baiano que lutou contra a ditadura militar.
A exibição, para convidados, será no Teatro Castro Alves (TCA), às 20h.