Cármen Lúcia classifica de “intimidação feroz” atentados praticados contra 5 candidatas
Da Redação
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelou, nesta quinta-feira (12/9), que cinco mulheres, candidatas às Eleições Municipais de 2024, sofreram tentativas de homicídio ou de feminicídio somente no último fim de semana, entre os dias 7 e 8 de setembro.
Enquanto proferia seu voto em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a execução imediata da pena imposta pelo Tribunal do Júri (ou júri popular), Cármen Lúcia ressaltou que “Há uma verdadeira guerra contra as mulheres”.
Ao iniciar sua fala no STF, a ministra ressaltou que, no dia 15 de setembro, é comemorado o Dia da Democracia e continuou com a afirmação de que “no Brasil, as mulheres não têm muito o que comemorar”.
“Domingo, dia 15 de setembro, o mundo comemora o Dia da Democracia. E nós, mulheres brasileiras, temos pouco a comemorar. Não há democracia de gênero, de cores no Brasil. Há uma verdadeira guerra contra as mulheres. No TSE vivemos isso. Só nesse fim de semana foram cinco tentativas de morte de candidatas, contra mulheres. Uma intimidação violenta, feroz, cruel, que recrudesceu nos últimos dias”, afirmou a ministra.
Cármen Lúcia comanda o processo eleitoral que ocorrerá em outubro desde ano no Brasil. Os candidatos concorrem a uma vaga de prefeito, vice-prefeito ou vereador nas Eleições Municipais de 2024. Mesmo nas inscrições, as mulheres estão em menor número. Os postulantes são, em sua maioria, homens, negros, heterossexuais, empresários, casados, com ensino médio completo e com idade entre 40 e 49 anos.