Promotor de Justiça do Acre é afastado das funções por suspeita de envolvimento sexual com mais de 20 presos
Da Redação
Um promotor de Justiça do Acre foi afastado das funções pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por suspeita de envolvimento sexual com mais de 20 apenados do sistema prisional daquele estadodo.
A decisão é do dia 20 de agosto e, segundo o site Ecos da Notícia, os corregedores foram unânimes ao deferir o pedido.
O promotor foi identificado como Tales Fonseca Tranin. Os relacionamentos teriam, em pelo menos alguns casos, ocorrido durante inspeções em unidades carcerárias, em horário de expediente, inclusive com presos conhecidos por integrarem facção criminosa, e mediante pagamento.
Por esses motivos, é solicitado o afastamento cautelar da função, avocação de sindicância, e a remoção do promotor da 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídio.
O Conselho Nacional do Ministério Público referendou os pedidos e determinou o afastamento cautelar de Tales das suas funções, a avocação de sindicância e a instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e, também por unanimidade, instaurou procedimento de remoção por interesse público.
Enquanto titular da 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídio, função que ocupou desde 2019, Tranin foi um dos principais negociadores com os presos durante a rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, em julho do ano passado.
Sua presença como negociador foi solicitada pelos próprios presos como uma das condições para que a rebelião acabasse. A rebelião terminou, mas não sem antes com cinco dos presos serem mortos, sendo três deles decapitados.