quinta-feira, 3 de julho de 2025

Rapidinhas: A preocupação de Otto com a Assembleia, os movimentos de Ivana e os holofotes do Bonfim

Foto: Divulgação

Alberico Gomez e equipe,

Trabalho árduo

O senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia, trabalha intensamente nos bastidores na tentativa de encontrar uma solução política para que o partido siga no comando da Assembleia Legislativa na eleição que acontece no dia 3 de fevereiro. Otto deu sinal verde para que a deputada Ivana Bastos tente convencer o atual presidente da Casa, Adolfo Menezes, a desistir da reeleição para apoiá-la – ambos são da mesma sigla. O senador teme que a insegurança jurídica da recondução de Adolfo permita que o PT assuma o comando do Legislativo.

Racha na base

O PT deve indicar o deputado Rosemberg Pinto, líder do governo na Assembleia, como candidato a 1º vice-presidente. Ou seja, se Adolfo cair por uma eventual decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o petista assumiria por um prazo indeterminado, pois o Regimento Interno da Casa é vago sobre o tempo de convocação de uma nova eleição para a presidência em caso de vacância. Otto não apoia uma eventual candidatura do deputado Angelo Coronel Filho (PSD) a 1º vice por saber que o PT não vai abrir mão do posto, alegando a proporcionalidade, e teme que um bate-chapa rache a base aliada. Então, a solução seria Adolfo desistir da reeleição.

Adolfo no páreo

O difícil vai ser convencer Adolfo Menezes a se retirar da disputa, como também é o desejo de alguns deputados, embora ninguém admita abertamente, para evitar que o PT assuma o comando da Assembleia. Já Ivana Bastos admitiu à coluna que será candidata à presidência da Assembleia se o atual presidente desistir da reeleição. Ela afirmou que não é mais candidata a 1° vice-presidente da Assembleia Legislativa, como se colocava.

Emenda alheia

Chefe de Gabinete do senador Jaques Wagner (PT), Lucas Reis (PT) aproveitou o encontro organizado pela direção estadual petista, nesta segunda (13), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), para intensificar as articulações visando as eleições de 2026, quando será postulante a deputado federal. Na ocasião, além de “grudar” no governador Jerônimo Rodrigues (PT), fez diversas promessas envolvendo a liberação de emendas para obras em municípios do interior. Todas, é claro, a serem assinadas por Wagner.

Holofotes do Bonfim

Ao contrário das duas últimas edições da festa, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) será a principal “estrela” da oposição na Lavagem do Bonfim, que acontece nesta quinta-feira (16). Em 2023 e 2024, o próprio Neto fez questão de direcionar os holofotes para o prefeito Bruno Reis (União), então postulante à reeleição, mas o cenário agora é outro, já que o ex-gestor tem planos de concorrer ao Palácio de Ondina no próximo ano.

De longe, mas atento

Quem não vai participar da Lavagem do Bonfim é o presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB). O tucano só retorna no final do mês de uma viagem de férias ao exterior. Nesse período, quem tem tratado, pelo partido, da reforma administrativa com Bruno Reis é o deputado federal Adolfo Viana (PSDB), embora mantendo Muniz a par de todas as articulações. Até esta segunda (13), ainda não havia uma definição sobre o espaço que a legenda irá ocupar no segundo mandato do prefeito.

Hegemonia tucana

Reconduzido à liderança do PSDB na Câmara de Salvador, o vereador Daniel Alves afirmou à coluna ser a favor da formação de uma federação entre o PSDB e o PSD, que tem sido discutida em Brasília. Ele afirmou não temer que os tucanos sejam “engolidos” no processo. “Aqui na capital, por exemplo, nós temos uma representação maior do que o PSD. Então, acredito que seguiríamos tendo a hegemonia, mantendo a aliança com o prefeito Bruno Reis”, disse o edil.

Jogo combinado

Após deixar a secretaria de Saúde de Lauro de Freitas oito dias depois de ser nomeada pela prefeita Débora Régis (União), alegando incompatibilidade de conciliar a função com a maternidade, Mirela Macedo (União) se tornou a nova assessora parlamentar do deputado estadual Pedro Tavares (União), conforme publicação no Diário Oficial do Legislativo. Segundo apurou a coluna, a expectativa de Pedro é que Mirela, que já foi deputada estadual e vai ganhar cerca de R$10 mil, desista de concorrer a uma cadeira na Assembleia em 2026 para apoiá-lo.

Dinheiro perdido

A Prefeitura de Ilhéus anunciou a devolução ao governo federal de R$ 1,6 milhão destinados ao município por meio da Lei Paulo Gustavo. O dinheiro retornou porque os recursos não foram destinados aos agentes culturais do município até o dia 31 de dezembro. O prefeito Valderico Júnior (União), que acabou de assumir o cargo, culpou a gestão do antecessor, Mário Alexandre (PSD), pelo fato. Aliás, o próprio ex-procurador do município Sérgio da Silva Santos chegou a admitir que os processos de pagamento não foram concluídos em tempo hábil.

Cota zerada

Da bancada da Bahia na Câmara Federal, os deputados Antonio Brito (PSD) e Pastor Sargento Isidório (Avante) foram os únicos que não usaram a cota parlamentar para divulgação do mandato em 2024, segundo levantamento feito pelo site Congresso em Foco. No ano, a Casa destinou R$86,2 milhões com esse objetivo. Não há baianos na lista dos 20 que mais gastaram.

14 de janeiro de 2025, 14:10

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