quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Bahia registra 31 mortes violentas de LGBTs em 2024

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Redação

Somente em 2024, a Bahia registrou 31 mortes violentas de LGBTs, de acordo com o Observatório de Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil. O levantamento é feito anualmente há 45 anos pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). O dado coloca o estado como o segundo mais violento para a comunidade LGBT.

A entidade é a mais antiga organização não governamental LGBT+ da América Latina e apura os dados a partir de informações coletadas na mídia, em sites de pesquisa na internet e em correspondências enviadas à ONG.

O estado, que já lidera outros indicadores de violência – como o número de mortes de negros e mulheres, número de óbitos decorrentes de letalidade policial e o número de mortes violentas totais – só ficou atrás de São Paulo, que registrou 53 mortes de LGBTs em 2024.

Contudo, conforme destacado pelo GGB, proporcionalmente, a Bahia é a unidade da federação onde os homossexuais, bissexuais, transexuais e travestis correm maior risco de morte, já que, ocupando o quarto lugar em população, com aproximadamente 25 milhões de habitantes, encontra-se na segunda posição em criminalidade contra esses grupos.

O total de mortes de integrantes da comunidade LGBTQIA+ na Bahia corresponde a 10% das mortes de queers em todo o território nacional – foram 291 no ano passado. O GGB enfatiza, no entanto, que essa é só a ponta do iceberg, uma vez que há subnotificações de dados devido à falta de estatísticas oficiais específicas sobre crimes de ódio contra a população LGBT+ no Brasil.

23 de janeiro de 2025, 08:30

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