quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Família diz que hospital em Ilhéus impediu entrada de pastor em UTI

Foto: Camila Souza/GOVBA

Da Redação

Uma família denunciou um suposto caso de intolerância religiosa no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, no sul da Bahia. Segundo informações do G1, na terça-feira (21) as irmãs Dalete e Josiane Santos, que frequentam a Igreja Adventista do Sétimo Dia, decidiram levar um pastor para visitar o pai, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. No entanto, de acordo com elas, o religioso foi impedido de entrar pela psicóloga de plantão.

O pai das mulheres é João Soares Santos, de 72 anos. Ele deu entrada na unidade de saúde no sábado (18), quando foi internado para fazer uma amputação decorrente da diabetes. Na segunda-feira (20), o idoso precisou ser transferido para a UTI devido a problemas renais e segue internado, desde então.

A recusa em levar o pastor até a sala onde está João Soares ocorreu logo na primeira visita das filhas à UTI, segundo relatos delas.

As mulheres afirmam que procuraram a direção do hospital, mas não conseguiram falar com os responsáveis. Elas acionaram a Polícia Militar, que tem um posto montado na parte externa da unidade, e foram orientadas a prestar queixa.

A ocorrência foi registrada na 1ª Delegacia Territorial (DT/Ilhéus), que investiga o caso. As irmãs também pretendem buscar apoio judicial, uma vez que a Lei Federal nº 9.982/2000 garante a liberdade de crença e o acesso à assistência religiosa em espaços de internação.

Em nota, o HRCC negou que a acusação de intolerância religiosa e informou  que “naquele momento, as visitas foram temporariamente suspensas devido a uma intercorrência grave com outro paciente”.

“O pastor não foi impedido de realizar a assistência religiosa, mas seu acesso foi adiado em virtude das circunstâncias. A equipe informou e orientou os familiares sobre a continuidade das visitas, reafirmando que a UTI é um ambiente de cuidados intensivos, sujeito a ajustes nas rotinas por questões de segurança dos pacientes”, reforçou a unidade de saúde.

A assessoria do hospital ressaltou, ainda, que segue “integralmente” a lei federal, mas pontuou que todos os religiosos devem respeitar as normas internas da instituição para preservar a segurança e o bem-estar dos internados.

23 de janeiro de 2025, 09:30

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