Ambulantes protestam contra novas regras e deixam praia do Porto da Barra sem cadeiras e sombreiros
Da Redação
A praia do Porto da Barra, uma das mais icônicas de Salvador, amanheceu sem cadeiras, mesas e sombreiros nesta terça-feira (28). O cenário atípico foi resultado de um protesto dos ambulantes que trabalham no local, em reação às normas impostas pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop).
As mudanças, anunciadas na última quinta-feira (23), determinam que cadeiras e sombreiros só podem ser montados na faixa de areia sob demanda, ou seja, quando houver solicitação dos banhistas. A medida foi adotada após reclamações de frequentadores sobre a falta de espaço na praia.
A polêmica ganhou repercussão depois que um vídeo viralizou nas redes sociais, mostrando um homem questionando a suposta “privatização” da praia devido ao grande número de cadeiras dispostas pelos comerciantes.
De acordo com a Semop, cada permissionário está autorizado a colocar no máximo 30 cadeiras, mas o número não agradou os trabalhadores. “Eu colocava cerca de 80 cadeiras e, mesmo assim, não era suficiente. Agora, com apenas 30, muitos pais de família vão ficar sem emprego”, afirmou um dos ambulantes em entrevista à TV Bahia.
O diretor da Semop, Alison Carvalho, explicou que o limite de 10 kits por barraqueiro já era previsto anteriormente, mas o acordo não vinha sendo respeitado. Em reunião realizada na semana passada, o assunto foi amplamente discutido com os comerciantes locais.
Em nota, a Semop justificou que a intensificação das ações de fiscalização foi necessária após denúncias de turistas e moradores sobre a ocupação excessiva da faixa de areia, que inviabilizava a acomodação de pertences pessoais dos banhistas. A secretaria também afirmou que notificou os permissionários que descumpriram as normas.
