sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Projeto Casarões da Defesa Civil de Salvador já fez vistoria em 2.969 imóveis

Foto: Jefferson Peixoto/Secom

Da Redação

O Centro Histórico de Salvador abriga imóveis antigos que, ao longo dos anos, passaram por um acelerado processo de degradação, principalmente pela falta de manutenção por parte dos proprietários. Muitos destes imóveis estão totalmente abandonados, a grande maioria tombados, representando risco iminente para moradores e transeuntes.

Visando garantir a segurança da população, a Defesa Civil de Salvador (Codesal), por meio do Projeto Casarões, realiza vistorias periódicas, identifica o risco de desabamento e incêndio nos diversos imóveis localizados no Centro Histórico e seu entorno e encaminha relatório aos proprietários e aos órgãos responsáveis pela manutenção do patrimônio cultural. Essas vistorias são realizadas desde 2000, ano de início do projeto.

O diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, explica que “o Projeto Casarões atua de forma preventiva, por meio de vistorias periódicas somadas às solicitações registradas pelo sistema 199, ações que colaboram para a preservar o patrimônio histórico-cultural do município, de inestimável valor cultural”.

Já foram vistoriados e georreferenciados 2.969 casarões dos quais 109 encontram-se em risco muito alto; 342, alto; 1.656, médio; 677, baixo e 185, sem risco.

Segundo a Defesa Civil de Salvador, os proprietários e moradores são notificados e orientados a deixar os imóveis, quando ocupados, e realizar a recuperação das edificações. O Iphan e o Ipac também são informados sobre as condições dos imóveis localizados nas poligonais de tombamento.

As vistorias são feitas a partir de demandas dos moradores ou proprietários, por iniciativa da Codesal ou de solicitações feitas por órgãos parceiros. Todas as inspeções, independentemente de o imóvel ser particular ou público, são realizadas envolvendo análise técnica, executadas por profissionais habilitados.

A subcoordenadora de Áreas de Risco e coordenadora do Projeto Casarões, Rita Morais, cita que uma das grandes dificuldades na gestão das atividades é o acesso ao proprietário ou a recusa de assinar a notificação. “Isso prejudica o principal objetivo do projeto que é o de atuar de forma preventiva, buscando a conservação do patrimônio histórico”.

07 de fevereiro de 2025, 12:46

Compartilhe: