Justiça processa grupo por destruição de provas em inquérito contra deputado Binho Galinha
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Da redação
A Justiça da Bahia aceitou uma denúncia contra quatro investigados por destruição de provas e obstrução da Justiça no âmbito da Operação El Patron, que apura a atuação de uma milícia no interior do estado. Segundo o Ministério Público, Jackson Macedo Araújo Júnior, preso na operação, teria contado com o apoio de seu advogado, Iggo César da Silva Barbosa, de sua esposa, Ioná Santos Silva, e de Filipe dos Anjos Santana para apagar provas relevantes do caso.
Deflagrada em dezembro de 2023, a Operação El Patron investiga uma suposta organização criminosa liderada pelo deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como “Binho Galinha” (Patriota). O grupo estaria envolvido com agiotagem, jogo do bicho e lavagem de dinheiro. A defesa do parlamentar nega todas as acusações.
De acordo com a Promotoria, o advogado Iggo César teria usado suas prerrogativas para ajudar na destruição de provas. Durante uma visita ao cliente preso na Superintendência Regional da Polícia Federal em Salvador, ele obteve o login e a senha da conta iCloud de Macedo.
A denúncia se baseia em informações extraídas do celular de Ioná Santos Silva. Segundo os promotores, o advogado repassou os dados da conta para Ioná, instruindo-a a apagar todos os documentos rapidamente. Como não conseguiu deletar os arquivos, ela pediu ajuda a Filipe dos Anjos Santana, que já responde a outras acusações, incluindo uma de competência do Tribunal do Júri.
Apesar das tentativas de destruição de provas nos dias 7 e 8 de dezembro de 2023, os investigadores conseguiram acessar todos os arquivos armazenados na nuvem. O caso segue em análise pela Justiça. Com informações do Estadão.