Caixa orienta moradores expulsos por traficantes de prédios do Minha Casa Minha Vida a procurarem o banco
Da Redação
Após ocorrências sobre a expulsão de moradores do programa Minha Casa Minha Vida por traficantes na capital e no interior da Bahia, a Caixa Econômica Federal orientou os beneficiários a procurarem o banco para informar a situação e solicitar o distrato da operação. Os casos ocorrem em Salvador, Simões Filho, Feira de Santana, Santo Amaro da Purificação e Jequié, onde famílias foram retiradas à força de seus imóveis e, em alguns casos, continuam pagando o financiamento.
Em nota divulgada pelo portal Correio, a Caixa explicou que os moradores devem apresentar uma declaração do ente público, acompanhada de um boletim de ocorrência ou de um documento emitido por órgão de segurança pública, para formalizar o pedido de distrato. No entanto, o banco reforçou que medidas de segurança nos empreendimentos são de responsabilidade das autoridades locais.
A expulsão de beneficiários tem se tornado comum, principalmente quando há parentes ou amigos de policiais entre os moradores, já que traficantes não querem a presença dessas famílias nas comunidades. Após as invasões, as unidades habitacionais são revendidas ilegalmente em sites de compra e venda.
Em Salvador, a facção Bonde do Maluco já tomou posse de imóveis no Conjunto Residencial Fazenda Grande II, no Bosque das Bromélias, próximo à rodovia Cia-Aeroporto, e no Residencial Lagoa da Paixão, em Alto de Coutos. As vítimas relatam viver com medo e, muitas vezes, sem opções para onde ir, enquanto o crime organizado continua lucrando com a revenda dos apartamentos.
