Quadrilha ligada a facção paulista é alvo da Operação Krampus por ataques a agências da Caixa
Da Redação
Uma quadrilha ligada a uma facção criminosa paulista foi alvo da Operação Krampus, deflagrada nesta terça-feira (17) pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), a Caixa Econômica Federal, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), a Força Correcional Especial Integrada (Force/SSP/BA) e a Polícia Militar da Bahia (PM-BA).
O grupo é acusado de atacar agências da Caixa Econômica Federal em Salvador, utilizando táticas como arrombamentos noturnos e o sequestro de funcionários. Segundo as investigações, os crimes ocorreram em 2023 e 2024, geralmente em feriados ou madrugadas, quando o policiamento era reduzido.
A Justiça Federal expediu 10 mandados de prisão, 15 de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 13 milhões em bens e a suspensão das atividades de uma empresa suspeita de envolvimento nos crimes. As ordens judiciais foram cumpridas em Salvador, Lauro de Freitas (BA), e nas cidades paulistas de São Paulo, Santo André, Barueri e Cotia.
De acordo com a PF, os criminosos contaram com o auxílio de ex-vigilantes de uma empresa terceirizada da Caixa, que teriam facilitado o acesso dos criminosos às agências bancárias. O grupo também utilizava empresas de fachada e nomes de “laranjas” para lavar o dinheiro obtido ilicitamente.
O nome da operação — Krampus — faz alusão a uma figura folclórica conhecida por punir crianças malcomportadas durante o Natal, em referência ao último ataque do grupo, registrado no período natalino.
Os investigados podem responder por diversos crimes, incluindo organização criminosa, roubo qualificado, sequestro, lavagem de dinheiro e corrupção. As penas somadas podem ultrapassar 100 anos de prisão.








