Só 3% dos hospitais aderem a programa que troca dívidas por atendimento no SUS
Da Redação
O programa federal que permite a hospitais privados e filantrópicos quitarem dívidas com a União em troca da oferta de atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) teve baixa adesão até o início de agosto.
Apenas 101 instituições manifestaram interesse em participar da iniciativa, o que representa cerca de 3% dos 3.537 hospitais com pendências financeiras, segundo dados do Ministério da Fazenda.
Batizado de Agora Tem Especialistas, o programa busca reduzir as filas da rede pública por meio do uso da estrutura hospitalar privada. A estimativa da dívida total dos hospitais é de R$ 34,1 bilhões, conforme informado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Do total de unidades que aderiram até o momento, a maior parte está localizada na região Sudeste — 45 hospitais, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde enviado ao Globo.
Apresentado como uma das principais estratégias do governo para enfrentar gargalos no acesso a consultas e procedimentos especializados, o programa é tratado como prioridade pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele chegou a definir a redução das filas no SUS como uma “obsessão pessoal” e considera transformar a política em bandeira eleitoral para 2026.








