Jaques Wagner diverge do PT e defende debate sobre penas do 8 de Janeiro
Da redação
O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, divergiu da posição oficial do Partido dos Trabalhadores e defendeu, nesta quinta-feira (25), a possibilidade de discutir a redução das penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. A Executiva Nacional do PT havia fechado questão contra o Projeto de Lei da Dosimetria e a PEC da Blindagem, mas Wagner afirmou não considerar o debate “uma afronta à democracia”.
Em entrevista ao portal Metrópoles, o senador argumentou que o Código Penal é constantemente alterado e que revisar a dosimetria das penas não significa ceder aos condenados. “Não se trata de ceder ou não ceder. Trata-se de achar razoável ou não. Eu sempre digo que acho razoável porque, repare, é o Código Penal. O Código Penal estabelece a pena para cada crime. Tem o crime de golpe de Estado, tem o crime de afronta à democracia, de balbúrdia, tumulto, como foi feito no 8 de Janeiro. Eu acho que o Congresso pode se debruçar sobre isso e dizer: está de menos, está demais, vamos aumentar ou reduzir. Eu não vejo nenhuma afronta nisso”, disse o líder do governo no Senado.
Apesar de defender o debate sobre as penas, Wagner destacou ser contrário à redução para os mandantes dos atos antidemocráticos. Para ele, a eventual revisão deve se restringir à dosimetria aplicada aos participantes do episódio. Com informações do Correio.
