Embaixadora britânica sobrevive à doença no fígado após transplante feito pelo SUS

Da Redação
A embaixadora do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al-Qaq, 49, sobreviveu a uma hepatite fulminante após receber um transplante de fígado pelo SUS, em Brasília. O procedimento foi realizado oito meses atrás e salvou a vida da diplomata, que havia contraído dengue no fim de 2024.
O quadro evoluiu rapidamente e deixou a paciente em estado crítico. “Em 48, 72 horas, claramente vimos que ela estava entrando no quadro de insuficiência hepática fulminante, uma progressiva piora da função hepática sem sinal de reversibilidade”, explica o cardiologista Antônio Aurélio, da Rede D’Or.
Diante da gravidade, Al-Qaq ganhou prioridade nacional na fila de transplantes. Cinco dias depois, surgiu um fígado compatível e a cirurgia foi realizada em Brasília, com acompanhamento do cirurgião peruano Hector Vilca-Melendez, do King’s College London.
“Eu estava muito bem cuidada aqui. Talvez as pessoas não saibam muito que o sistema de saúde do Brasil está forte”, disse a embaixadora.
O caso ocorreu em um ano histórico para a saúde pública: em 2024, o Brasil bateu recorde de 30,3 mil transplantes, segundo o Ministério da Saúde.
Al-Qaq afirma que leva uma mensagem de gratidão ao sistema de doação. “Sempre vou ficar muito grata ao sistema de doações de transplante, que é público do mesmo jeito que no Reino Unido. E sempre vou ficar muito grata à quem me deu uma segunda chance de vida. É importantíssimo pensar na doação antes e falar com a família. A pessoa continua vivendo em você.”