domingo, 9 de novembro de 2025

Brasil terá aumento de 360% no número de idosos com demência em 2050, estima Ministério da Saúde

Foto: Thinkstock

Da redação

No próximo dia 1º de outubro, data em que se celebra o Dia do Idoso, a atenção volta-se para o Alzheimer, doença que compromete memória, raciocínio, linguagem, orientação e comportamento. A Afya chama a atenção para os diferentes estágios da enfermidade, que afeta principalmente pessoas com menor grau de escolaridade.

Segundo especialistas, os sinais iniciais costumam ser sutis e muitas vezes confundidos com o envelhecimento natural, o que retarda o diagnóstico e o início de tratamentos capazes de desacelerar a progressão dos sintomas.

O Brasil enfrenta um processo acelerado de envelhecimento populacional. Dados do IBGE mostram que a proporção de pessoas com 60 anos ou mais quase dobrou entre 2000 e 2023. O risco de Alzheimer é maior nessa faixa etária, sobretudo em mulheres. Um relatório do Ministério da Saúde projeta que, até 2050, o número de brasileiros com demência, estágio avançado da doença, alcance 5,5 milhões — um aumento de 360% em relação aos índices atuais.

“Não existe uma forma definitiva de evitar a doença, mas é possível reduzir o risco com hábitos saudáveis”, destaca Ana Margarita Bolaños Cordeiro Vinhas, médica e preceptora de Neurologia da Clínica Escola Afya Salvador. “Dieta equilibrada, atividade física regular, controle da pressão, diabetes e obesidade, boa qualidade do sono e estímulos cognitivos, como palavras cruzadas, aprender um idioma ou tocar instrumento musical, ajudam a aumentar a reserva cognitiva e proteger o cérebro.”

Especialistas reforçam que a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais. Manter-se ativo física, social e mentalmente está entre as estratégias mais eficazes para retardar o avanço da doença.

30 de setembro de 2025, 10:00

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