Rapidinhas: Os candidatos da órbita de Bruno, o desconforto de Lídice, a lição de ACM e a resiliência de Ivana
Da redação
Assessor especial
Ao menos três nomes que são ou já foram muito ligados ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), se articulam mirando cadeiras na Assembleia Legislativa em 2026. Um deles, que despacha diariamente ao lado do chefe do Executivo municipal, é o assessor especial do Palácio Thomé de Souza, Igor Dominguez. Em torno dele, Bruno deve atuar fortemente na montagem do DC, sigla à qual Igor é filiado, mirando justamente emplacar o aliado no Legislativo estadual. Quem conhece Bruno sabe: no caso do assessor, ele nem cogita a hipótese de derrota.
Amizade distante
Outro nome próximo a Bruno, mas hoje em campo político oposto, é o deputado estadual Vitor Azevedo (PL), que busca a reeleição em 2026. O parlamentar, que ganhou projeção eleitoral em 2022 após exercer o cargo de número dois no Ministério da Cidadania, na gestão de João Roma (PL), foi chefe de gabinete de Bruno quando o atual prefeito ainda era deputado estadual. Apesar da boa relação pessoal, os dois seguem caminhos distintos. Se não há compromisso de ajuda, o prefeito também não deve se movimentar para atrapalhar o amigo.
Dois “bicudos”
Há um terceiro postulante à Assembleia outrora próximo do prefeito de Salvador. Trata-se do atual secretário estadual de Agricultura, Pablo Barrozo (Avante), que já ocupou uma cadeira na Assembleia quando pertencia ao grupo da oposição. Segundo apurou a coluna, este o chefe do Executivo municipal pretende atrapalhar. Até porque, além da traição, os dois nunca se “bicaram”, desde os tempos em que foram assessores de ACM Neto (União) na Câmara Federal.
Avante, Pablo
Aliás, Pablo Barrozo deve deixar o cargo de secretário até janeiro para entrar de cabeça na disputa por uma cadeira na Assembleia. Secretário-geral do Avante na Bahia, ele participou do ato de filiação promovido pela sigla em Salvador nesta segunda (06) e comemorou o fortalecimento da legenda. “Queremos fazer uma história diferente, aliado ao trabalho que tem sido desenvolvido pelo governador Jerônimo Rodrigues”, frisou.
Desconforto socialista
A presença da deputada estadual Fabíola Mansur (PSB) no ato de filiação do Avante, realizado ontem em Salvador, causou desagrado na cúpula do PSB baiano. A presidente da sigla na Bahia, deputada federal Lídice da Mata, ligou nesta terça-feira (07) para a correligionária em tom cordial, mas direto, indagando se ela pretende deixar o partido. Fabíola, que compareceu ao evento ao lado de lideranças da base do governador, ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto. Nos bastidores, a ida ao encontro foi vista como um gesto de aproximação com o grupo comandado por Ronaldo Carletto.
Lição de ACM
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), respondeu em tom ácido à entrevista do senador Ciro Nogueira (PP-PI) a um jornal carioca, no final de semana, na qual o piauiense descartou o goiano como candidato da direita à Presidência. Entre ironias e provocações, Caiado lembrou uma lição do falecido Antônio Carlos Magalhães, de quem foi aliado. “Para ter voz nacional, é preciso ser respeitado em seu estado”, citou, parafraseando ACM, o original. E, de igual malvadeza, complementou o veneno político ao comparar a popularidade no estado natal com o do senador piauiense. “Não teria força nem para se reeleger”.
Pizza, não
A presidente da Assembleia, Ivana Bastos (PSD), tem dito a colegas que não quer ver o caso do deputado Binho Galinha (PRD) acabar em pizza. A parlamentar está empenhada em garantir que o Legislativo dê uma resposta à sociedade diante da prisão do colega, acusado de chefiar uma quadrilha violenta. A Assembleia já recebeu a decisão judicial, e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) se reúne nesta quarta (8) para avaliar o caso.
Óleo de peroba
Sob a presidência do deputado Adolfo Menezes (PSD), que antecedeu Ivana, quem mais trabalhou para que Binho Galinha não fosse punido na Assembleia foi o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT). O petista sempre afirmou ser contra a cassação de mandatos pelo Legislativo, defendendo que “quem deve fazer isso é o povo”. Para desagrado de Ivana Bastos, Rosemberg mantém a mesma posição, mesmo diante da prisão do parlamentar. Vale lembrar que Binho Galinha é um forte aliado de Jerônimo Rodrigues em Feira.












