quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Três líderes baianos do Comando Vermelho estão entre os mortos na megaoperação policial no Rio de Janeiro

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

Da Redação

Três homens apontados como chefes do Comando Vermelho (CV) na Bahia estão entre os mortos na megaoperação policial realizada nesta semana nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. Os suspeitos foram identificados como Diogo Garcez Santos Silva (DG), Fábio Francisco Santana Sales (FB) e Danilo Ferreira do Amor Divino, conhecido como “Dani” ou “Mazola”, este último apontado como líder do tráfico em Feira de Santana.

Segundo a Polícia Civil fluminense, ao menos 11 baianos estão entre os 117 mortos na operação, considerada uma das mais letais da história do estado. A ação, que envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, tinha como objetivo desarticular o Comando Vermelho e cumprir mais de 200 mandados judiciais.

As dezenas de corpos deixados na Praça São Lucas, no Complexo da Penha, começaram a ser identificadas nesta sexta-feira (31). A Polícia Civil confirmou a identificação de 109 corpos, restando 18 sem reconhecimento.

De acordo com o levantamento, 78 dos mortos tinham histórico de crimes graves, como homicídio, tráfico e organização criminosa. Outros 42 eram foragidos da Justiça e 39 eram de fora do Rio de Janeiro. Nenhum havia sido denunciado pelo Ministério Público do Rio no processo que originou a operação.

Os corpos foram reconhecidos por familiares no Instituto Médico-Legal (IML) e estão prontos para liberação. A ofensiva também resultou em 113 prisões, sendo 33 de pessoas de outros estados e 10 adolescentes. Desse total, 54 têm antecedentes criminais.

Os baianos mortos apontados como líderes do CV

DG (Diogo Garcez Santos Silva) — 31 anos, com passagens por associação para o tráfico e porte ilegal de arma. Atuava em Feira de Santana e tinha processos na Bahia e em São Paulo.

FB (Fábio Francisco Santana Sales) — 36 anos, natural de Alagoinhas, tinha registro policial por ameaça.

Mazola (Danilo Ferreira do Amor Divino) — 38 anos, natural de Feira de Santana, respondia a 20 processos na Bahia e um no Rio de Janeiro. Apontado pela Polícia Civil como chefe do tráfico de drogas na cidade.

Fuga do principal alvo

O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, considerado o maior chefe do Comando Vermelho em liberdade, conseguiu escapar do cerco policial. O Disque Denúncia oferece R$ 100 mil por informações sobre seu paradeiro.

Nascido em 1970, Doca foi preso em 2007 por tráfico de drogas e porte ilegal de arma, mas estava em liberdade. Na hierarquia da facção, ele está abaixo apenas de Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar, ambos presos em penitenciárias federais.

01 de novembro de 2025, 09:47

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