Cuidadora de idosos morre após explosão em barraca no terminal de Pirajá; família acusa CCR Metrô de omissão
Da Redação
Após cerca de 15 dias internada, a cuidadora de idosos Sueli Barbosa dos Santos, de 53 anos, morreu na tarde do último domingo (2). Ela havia sofrido queimaduras em quase 50% do corpo após a explosão de uma barraca no terminal de Pirajá, em Salvador, no dia 18 de outubro.
Segundo informações, o acidente ocorreu quando a atendente de uma barraca tentou acender um fogareiro com álcool, provocando a explosão. Sueli, que estava próxima, sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau no rosto, tórax e abdômen. Ela foi socorrida por uma equipe do terminal e levada ao Hospital Teresa de Lisieux, onde permaneceu internada até o óbito.
Na segunda-feira (3), familiares e amigos realizaram um protesto pacífico no terminal, cobrando justiça e responsabilização pela tragédia. A filha da vítima, Beatriz Reis, de 28 anos, afirmou que a CCR Metrô Bahia foi omissa e não prestou apoio adequado à família.
“Eles enviaram uma assistente social, mas ela só manteve contato por dois dias. Depois da morte da minha mãe, nem responderam nossas mensagens. Quero respostas”, disse Beatriz.
A jovem também relatou que, segundo outros ambulantes, incêndios em barracas são frequentes no local. “Minha família está destruída. Foi a vida da minha mãe, mas poderia ter sido qualquer pessoa”, lamentou.
Em nota, a CCR Metrô Bahia lamentou a morte de Sueli e afirmou que prestou os primeiros socorros às vítimas do incêndio até a chegada do Samu. A concessionária ressaltou ainda que é proibido o uso de materiais inflamáveis e a venda irregular de produtos nas dependências das estações e terminais do sistema metroviário.
A empresa informou adotar uma estratégia permanente de fiscalização, com rondas regulares e ações de segurança para coibir o comércio ambulante, reforçando o compromisso com a ordem e a segurança dos usuários.








