quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Sete líderes do Comando Vermelho são transferidos do Rio para presídios federais de segurança máxima

Foto: Reprodução/Genilson Araújo/TV Globo

Da Redação

Sete líderes do Comando Vermelho começaram a ser transferidos nesta quarta-feira (12) do Complexo de Gericinó, em Bangu, para presídios federais de segurança máxima. A operação foi autorizada pela Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro e contou com forte esquema de segurança coordenado pelo Grupamento de Intervenção Tática (GIT).

Os detentos foram escoltados até o Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, por cerca de 40 agentes, e entregues à Polícia Federal, responsável pelo transporte aéreo até o presídio federal de Catanduvas (PR). De lá, os criminosos serão redistribuídos para outras unidades de segurança máxima em Mossoró (RN), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). As datas das novas transferências não foram divulgadas.

Custódia federal ampliada

Com a operação, o Rio de Janeiro passou a ser o estado com maior número de presos sob custódia federal — 66 no total, segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Apenas em 2024, 19 detentos de alta periculosidade foram incluídos no Sistema Penitenciário Federal.

A transferência foi determinada após ataques criminosos registrados na Região Metropolitana do Rio, em retaliação à megaoperação policial realizada nos Complexos do Alemão e da Penha. O objetivo, segundo o governo fluminense, é impedir a comunicação entre os chefes da facção e os demais integrantes, evitando a reorganização de ações criminosas dentro do sistema prisional estadual.

O pedido partiu do Ministério da Justiça e da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap), que identificaram risco de novos atentados caso os líderes permanecessem nas unidades locais.

Líderes transferidos

Os sete presos são apontados como integrantes da cúpula do Comando Vermelho, com atuação em diferentes regiões do estado. Somadas, suas penas ultrapassam 500 anos de prisão.

Roberto de Souza Brito (Irmão Metralha) – liderança no Complexo do Alemão;

Arnaldo da Silva Dias (Naldinho) – atua em Resende, responsável pela arrecadação da “caixinha” da facção;

Alexander de Jesus Carlos (Choque ou Coroa) – traficante ligado ao Complexo do Alemão;

Marco Antônio Pereira Firmino (My Thor) – do Morro Santo Amaro, membro da comissão da facção;

Fabrício de Melo de Jesus (Bicinho) – de Volta Redonda, também integrante da comissão;

Carlos Vinícius Lírio da Silva (Cabeça) – ligado à comunidade do Sabão, em Niterói;

Eliezer Miranda Joaquim (Criam) – apontado como um dos líderes na Baixada Fluminense.

As autoridades afirmam que o isolamento dos criminosos em presídios federais de segurança máxima é fundamental para desarticular a cadeia de comando da facção no estado.

13 de novembro de 2025, 10:00

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