sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Sexta à noite é o período com mais ataques a caminhoneiros no Brasil; Bahia registra aumento de 20% nos roubos de carga

Foto: Divulgação

Da Redação

Quando o fim de semana começa para a maior parte dos brasileiros, inicia-se também o período mais perigoso para os trabalhadores das estradas. De acordo com o Relatório de Roubo de Cargas da empresa nstech, a noite de sexta-feira foi o momento em que mais caminhoneiros foram atacados no país em 2025.

O levantamento mostra que o Brasil registra, em média, 23 ataques por dia. Na Bahia, ocorre um roubo de carga a cada dois dias, colocando o estado entre os mais afetados pela prática criminosa. Entre janeiro e setembro, o roubo de cargas cresceu 24,8% em relação ao primeiro semestre de 2024.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), o país somou 6.251 ocorrências no período. São Paulo lidera o ranking, com 2.660 casos, seguido pelo Rio de Janeiro, com 2.615, e Pernambuco, com 224. A Bahia aparece em quarto lugar, com 159 registros — um aumento de 20% em comparação ao ano anterior, quando foram contabilizados 132 roubos.

As rotas preferidas pelos criminosos revelam um padrão. Áreas urbanas concentraram 27,7% dos assaltos, enquanto rodovias estratégicas como a BR-101 (14,7%), BR-226 (8%) e BR-116 (6,1%) permanecem entre os trechos mais perigosos. Na BR-101, mais da metade dos prejuízos ocorreu no Nordeste (54,9%), que ampliou sua participação nas ocorrências nacionais, passando de 15,8% para 21,3%.

A carga fracionada segue como a mais visada, representando 43,8% dos ataques no Brasil e 34,8% dos prejuízos no Nordeste. Em seguida vêm alimentos (33,3%) e eletrônicos (10,8%). Na malha viária nordestina, destacam-se ainda os roubos de produtos de higiene e limpeza (18,6%), alimentos (17,4%), defensivos agrícolas (8,3%) e bebidas (1,9%). Os estados com maiores perdas financeiras são Pernambuco (34,1%), Maranhão (33,6%) e, em terceiro lugar, a Bahia (17,8%).

14 de novembro de 2025, 09:00

Compartilhe: