sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Facções usam fuzis 7.62 em confrontos no Recôncavo e coronel indica ‘nível de guerra’ na região

Foto: Reprodução

Da Redação

Suspeitos de integrar facções criminosas no Recôncavo baiano estão utilizando fuzis calibre 7.62 na disputa territorial entre os grupos rivais. A informação foi confirmada na quinta-feira (13) pelo coronel Lucas Palma, comandante do Policiamento do Recôncavo da Bahia.

Os confrontos começaram no início da semana. Na terça-feira (11), as polícias Militar e Civil reforçaram o efetivo nas cidades de Muritiba, São Félix e Cachoeira. Em quatro dias de operação, nove suspeitos foram mortos e cinco foram presos.

“Eles estão utilizando fuzis 7.62, isso leva a ação a um nível de guerra. Antes a polícia trabalhava com revólver calibre 38, e hoje estamos necessariamente trabalhando com fuzil, porque o crime está usando fuzil para nos atacar e atacar a sociedade”, afirmou o coronel Palma.

Imagens divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública na quinta-feira mostram homens armados se escondendo em uma área de mata. Cerca de 200 agentes participam do cerco, incluindo equipes do Grupamento Aéreo.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, os principais chefes das facções baianas estão escondidos em comunidades do Rio de Janeiro, de onde comandam invasões e ordenam homicídios. “É um trabalho que exige cada vez mais integração, investigação de inteligência e repressão qualificada”, afirmou.

Por causa da insegurança na região, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) transferiu as aulas presenciais para o formato remoto. Cerca de 1.300 estudantes foram afetados pela mudança.

14 de novembro de 2025, 12:30

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