Alta da Selic e tom duro do Copom elevam juros de curto prazo e derrubam longos

Da redação
Após a elevação da Selic para 15% ao ano, anunciada na quarta-feira (18), o mercado futuro de juros reagiu com ajustes na curva na manhã desta sexta-feira (20). O tom duro adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central afastou expectativas de cortes ainda em 2025 e impulsionou a alta das taxas de curto prazo, enquanto os vencimentos longos apresentaram recuo.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 chegou a subir 11 pontos-base, atingindo 14,960% às 11h39, frente aos 14,868% do ajuste anterior. Já os DIs com vencimento em janeiro de 2029 e 2031 caíram para 13,44% e 15,58%, respectivamente. Especialistas avaliam que os vencimentos mais longos estão mais influenciados por fatores externos do que pelo ciclo monetário doméstico.
Segundo os economistas Étore Sanchez e Eduardo Velho, o mercado ainda está se ajustando à surpresa na decisão do Copom, já que cerca de 40% dos agentes apostavam na manutenção da taxa. Embora considerem a decisão acertada, alertam que o cenário fiscal brasileiro ainda pode pressionar a curva de juros no médio e longo prazo. Com informações do Estadão.