Após denúncia, Hugo Motta demite duas funcionárias suspeitas de serem fantasmas

Da Redação
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), exonerou duas funcionárias suspeitas de ocuparem cargos comissionados sem exercerem atividades funcionais. A medida ocorre após reportagem da Folha de S.Paulo revelar que Gabriela Pagidis e Monique Magno acumulavam os cargos públicos com outras atividades, incompatíveis com a jornada exigida.
Gabriela, que recebia salário de R$ 11,4 mil, é fisioterapeuta; já Monique, com vencimento de R$ 1,7 mil, atua como assistente social em uma prefeitura da Paraíba. Ambas estavam lotadas no gabinete de Motta e exercendo funções em regime remoto. As exonerações devem ser publicadas na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União.
Em nota, a assessoria do deputado afirmou que ele “preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”.
Segundo a reportagem, Gabriela e Monique tinham rotinas profissionais incompatíveis com a carga horária de 40 horas semanais exigida pela função de secretário parlamentar, que também proíbe o exercício de outra função pública. A Câmara dispensa a marcação de ponto biométrico para servidores com atuação remota.
Ao ser questionada pela Folha, Monique Magno alegou trabalhar em dois empregos e “cumprir os horários certinho e ainda acumular” os cuidados de uma criança, “sendo mãe solo”.
Já Gabriela Pagidis disse que em sua função como servidora “geralmente cuida da agenda, mais voltado para a organização”. “Agora está mais na mão da presidência [da Câmara], mas eu trabalho com isso. Agenda, eventos”, acrescentou.