Após desistir de candidatura à presidência da Câmara, Elmar deve manter aproximação com PT mirando Codevasf
Da Redação
Apesar de ter sido forçado a abrir mão de disputar a presidência da Câmara Federal, por conta das circunstâncias políticas, o deputado Elmar Nascimento (União) não deve mudar a estratégia de aproximação com o PT, sobretudo no plano nacional. O parlamentar baiano, com isso, espera manter o controle político da Codevasf tanto nacionalmente quando na Bahia.
Segundo apurou o Toda Bahia, esse foi um temas discutidos por Elmar com os aliados na Assembleia Legislativa, em encontro que aconteceu nesta quinta-feira (21), em Salvador. Estiveram com o parlamentar os deputados estaduais Marcinho Oliveira (União), Júnior Nascimento (União), Manuel Rocha (União), Emerson Penalva (PDT) e Pancadinha (Solidariedade). Ao lado do deputado estadual Robinho (União), que não participou do encontro, eles integram a chamada “bancada” de Elmar no Legislativo baiano.
Ter caminho mais fácil aos recursos da Codevasf é considerado pelo grupo como fundamental para a renovação dos mandatos em 2026, por meio de ações e parcerias com prefeitos aliados e lideranças municipais, muitas das quais desenvolvidas pelo órgão por meio de emendas federais. Estima-se que o grupo que inclui Elmar e sua “bancada” tenha saída dos urnas em outubro com cerca de 60 prefeitos sob influência direta.
O atual presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, foi indicado ao posto por Elmar ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O mesmo vale para o superintendente do órgão em Juazeiro, Miled Cussa Filho. Parte da “independência” do deputado federal em relação ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), que tem feito oposição ao PT tanto na Bahia quanto em Brasília, se deve à manutenção desses cargos.
Na reunião de hoje, Elmar e os deputados estaduais trataram de emendas federais para municípios e intervenções promovidas pela Codevasf em 2025. Houve também agenda de despachos em separado, durante o dia, entre Elmar, os deputados e prefeitos eleitos ou reeleitos.
Elmar buscou o apoio do PT e do Palácio do Planalto para se manter candidato à presidência da Câmara depois que foi abandonado pelo atual comandante da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Entretanto, os petistas optaram por apoiar a candidatura do indicado de Lira, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).