quinta-feira, 17 de julho de 2025

Arthur Maia condena taxação americana e defende soberania nacional diante de interferências de Trump

Foto: Divulgação

Da redação

O deputado federal Arthur Maia (União-BA) fez uma fala contundente, nesta quarta (16), em defesa da soberania brasileira, ao criticar a recente decisão do presidente norte-americano Donald Trump de aplicar uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros. Para Maia, a medida é injusta, desequilibrada e fere os princípios de independência entre as nações.

“Essa taxação arbitrária não representa apenas uma guerra fiscal e econômica; é uma afronta à soberania do Brasil. O mais grave são os motivos declarados pelo presidente americano. Ora, será que é razoável Trump imaginar que o Supremo Tribunal Federal, uma instituição independente que tem que preservar a sua condição de corte maior da justiça, vai se submeter a uma determinação do presidente americano? Ou que o presidente Lula pode ligar para o Supremo e determinar que a corte tome tal ou qual decisão apenas porque o EUA querem?”, protestou o parlamentar em vídeo publicado em suas redes sociais.

Arthur Maia relembrou sua trajetória de apoio ao liberalismo e à liderança histórica dos Estados Unidos durante a Guerra Fria, destacando figuras como Ronald Reagan, Bill Clinton e Barack Obama. No entanto, lamentou que, sob a liderança de Trump, os EUA estejam “abandonando sua tradição de liderança global para adotar uma postura isolacionista e beligerante”.

O deputado classificou como “aviltante” e “humilhante” a ideia de que o Brasil possa ceder à pressão de uma potência estrangeira em temas de ordem interna. “Se admitirmos esse tipo de interferência, estaremos abrindo mão daquilo que há de mais precioso: nossa soberania nacional. O Brasil é um país livre, democrático e deve ser respeitado como tal”, declarou.

Arthur Maia também criticou a postura de políticos brasileiros que, segundo ele, defendem a submissão às imposições americanas. “Fico pasmo quando ouço compatriotas afirmarem que o Brasil deve ceder porque o Trump quer. Isso não é defender o Brasil”, disse.

O deputado encerrou sua fala reafirmando o compromisso com os valores democráticos e com a independência das instituições brasileiras. “Se temos problemas internos, cabe a nós resolvê-los dentro do nosso ordenamento constitucional. O Brasil sempre foi exemplo de paz, liberdade e dignidade, e deve seguir assim: de cabeça erguida”, concluiu.

16 de julho de 2025, 23:58

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