Central de reciclagem impulsiona sustentabilidade durante a Festa de Iemanjá
Da Redação
Durante a tradicional Festa de Iemanjá, a Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) e da Limpurb, montou uma central de reciclagem para apoiar os catadores e minimizar os impactos ambientais do evento. A iniciativa beneficia pelo menos 12 cooperativas de reciclagem da capital baiana e oferece aos catadores um ponto de apoio para as vendas, além de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e bonificações. A meta deste ano é coletar 7 toneladas de resíduos recicláveis, incluindo garrafas PET, latinhas e plásticos.
De acordo com o secretário da Secis, Ivan Euller, mais de 100 catadores se cadastraram na central para garantir que os resíduos tenham a destinação correta. Até o final da manhã deste domingo, cerca de 1,2 toneladas já haviam sido coletadas. “Então, esse material, em vez de ficar na rua, de ir para o mar, retorna para a cadeia produtiva. Essa parceria entre a Prefeitura, Secis, Limpurb, a startup Solos e as cooperativas é muito importante”, destacou.
Thiago Figueiredo, chefe de Assessoria Estratégica de Gestão da Limpurb, ressaltou que, em 2020, a central coletou 4,1 toneladas de resíduos, enquanto em 2024 foram 5,4 toneladas. “Temos o objetivo justamente de, além de promover toda a sustentabilidade social, econômica e ambiental, realizar a limpeza das nossas ruas”, afirmou. A operação da central começou às 22h de sábado e seguirá até a madrugada desta segunda-feira (3).
Para incentivar a coleta de plásticos, a Prefeitura implementou um sistema de bonificações. São 100 pagamentos de R$ 50 para cada 10 kg de plástico coletado. “Porque o plástico está sendo comprado por R$ 1 (por quilo), o PET, que é um tipo de plástico também, mas tem um valor agregado maior, R$ 2, e a latinha, R$ 8. Se não fizermos esse incentivo, essa bonificação, a maioria dos catadores vai preferir coletar a latinha, com toda razão, porque vai receber um recurso maior posteriormente com a venda. Então, o incentivo à bonificação do plástico é justamente para que o catador, além do valor do quilo do material, receba por esse valor e mais a cada dez quilos”, detalhou Figueiredo.
Balaio Verde
A Campanha Balaio Verde, coordenada pela produtora cultural Luzia Moraes e apoiada pela Secis, também desempenha um papel fundamental na conscientização sobre o descarte inadequado de objetos de vidro e plástico na água. “A gente começou essa campanha há alguns anos, o Balaio Verde, e esse ano novamente estamos fazendo esse trabalho de educação ambiental, conscientizando a população sobre o descarte de resíduos no mar, principalmente resíduo plástico. A gente orienta a descartar de forma correta e só colocar resíduos biodegradáveis que vão para a nossa Rainha no Mar”, explicou Euller.
Para o presidente da Limpurb, Carlos Gomes, é preciso que repensemos a todo instante os nossos hábitos de consumo e adaptemos nossas escolhas e tradições à sustentabilidade. “A responsabilidade de cuidar das nossas praias, da nossa cidade é de todos, por isso, podemos revisitar e readequar nossos costumes e símbolos para opções que cumpram com a sua fé e minimizem os impactos com o meio ambiente”.