Com direito a bicicleta: Di María conta história emocionante em sua trajetória no futebol

Maycol Douglas
Antes de brilhar nos gramados da Europa, Ángel Di María teve sua trajetória marcada pelo esforço da família. Em depoimento ao TPT Brasil, o jogador, que voltou ao Rosário Central e reestreou neste sábado (12) marcando gol, revelou que sua mãe foi essencial no início da carreira.
Quando o técnico do Rosario Central ligou convidando-o para jogar na base, o pai hesitou por causa da distância de onde marava e a falta de carro. Mas a mãe foi direta: “Pode deixar, eu levo!” Assim nasceu Graciela, a velha bicicleta amarela usada pela mãe do jogador para levá-lo aos treinos.
Di María contou que ele ia atrás na bicicleta, a irmãzinha sentava em uma plataforma lateral improvisada, e a bolsa com chuteiras ia na cestinha. “Chuva, frio, bairros perigosos… nada disso importava. Minha mãe continuava pedalando”, relembrou o atacante.
“Então imagina a cena: uma mulher pedalando pela cidade com um menino atrás, uma menininha do lado e uma bolsa de treino na cesta com minhas chuteiras e alguns lanches. Subindo ladeira. Descendo ladeira. Atravessando bairros perigosos. Na chuva. No frio. No escuro. Nada disso importava. Minha mãe continuava pedalando”, contou.
Aos 16 anos, quase desistiu do futebol. O pai propôs que ele trabalhasse, estudasse ou tentasse mais um ano. Di María ficou em silêncio. A mãe, mais uma vez, decidiu: “Mais um ano no futebol.” Em dezembro, ele estreou na Primeira Divisão da Argentina. E ali, como disse, “começou minha vida no esporte”.