Conselho de Ética da Assembleia elege presidente, que promete analisar caso Binho Galinha

Da Redação

Cerca de quatro meses após a operação da Polícia Federal deflagrada contra uma quadrilha de milicianos de Feira de Santana, que seria liderada pelo deputado Binho Galinha (PRD), o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa se reuniu pela primeira vez nesta quarta-feira (17) para tratar da questão. Na ocasião, o deputado Vitor Bonfim (PV) foi eleito presidente do colegiado. O vice-presidente escolhido foi o deputado Marcelino Galo (PT).

Em conversa com a imprensa após a reunião, que aconteceu no Salão Nobre da Assembleia, com a participação do presidente da Casa, deputado Adolfo Menezes (PSD), Vitor Bonfim disse que o colegiado vai analisar a denúncia do Ministério Público da Bahia que tramita em segredo de Justiça contra Binho Galinha. A documentação já se encontra sob os cuidados da presidência do Legislativo.

“Não posso comentar o caso antes de ver a documentação, que se encontra já na presidência da Assembleia e será distribuída a todos os membros do Conselho de Ética analisarem”, afirmou Bonfim, que é um dos parlamentares mais influentes junto ao Executivo estadual, tanto que relata a maioria dos projetos enviados pelo governo.

Somente após instalado algum tipo de procedimento disciplinar contra Binho Galinha é que é eleito um relator para o caso. “Primeiro, o conselho vai tomar ciência do processo para depois encaminhar por algum outro procedimento”, frisou o líder do governo, deputado Rosemberg Pinto (PT), que também participou da reunião de hoje.

A bancada de oposição poderia ter ficado com a vice-presidência do Conselho de Ética, mas optou por deixar os dois cargos de comando para a base governista. “Essa questão (de Binho Galinha) envolve um parlamentar que é do governo. Então, nada mais justo que eles tenha os dois postos de comando”, disse o deputado Sandro Régis (União), membro titular do colegiado e corregedor da Assembleia.

Além do presidente e do relator, são membros titulares do Conselho de Ética, pela base do governo, os deputados Alex da Piatã (PSD), Antônio Henrique Júnior (PP) e Euclides Fernandes (PT). A oposição tem como titulares, além de Sandro Régis, os deputados Tiago Correia (PSDB) e Samuel Júnior (Republicanos). Parte dos suplentes também esteve presente na reunião de instalação.