quinta-feira, 2 de maio de 2024

Corrupção leva CNJ a avaliar intervenção no Judiciário Baiano, diz colunista

Foto: Reprodução

Da Redação

Investigações da Polícia Federal e do próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam um quadro institucionalizado de corrupção ainda vigente no Judiciário da Bahia. Há possibilidade de intervenção no tribunal, algo extremamente grave para os padrões decisórios do CNJ. A informação é do jornalista Robson Bonin, autor da coluna Radar da revista Veja.

Bonin lembra que, em 2019, a PF desmontou um esquema de venda de sentenças no TJ-BA. Desembargadores, juízes, advogados e empresários foram presos. Dono de um império na Bahia, o fazendeiro Walter Horita fechou acordo com a PGR, até hoje sigiloso, em que confessa ter comprado decisões de magistrados baianos. O Radar teve acesso ao caso. Horita pagou 30 milhões de reais para se livrar das acusações de corrupção.

“O investigado confessou formal e circunstanciadamente a prática delitiva no curso da investigação. O compromissário atuou comprando decisões numa ambiência profissional de mercancia judicial pelo Tribunal de Justiça baiano. Horita valeu-se da sua condição econômica abastada para comprar decisões junto ao Tribunal de Justiça baiano, colocando em descrédito o sistema de justiça, de modo a criar uma ambiência jurídica em que a prestação jurisdicional era guiada pela captação de divisas criminosas”, diz o acordo assinado com a PGR.

Além de corromper magistrados, o esquema envolvia o Ministério Público e a Secretaria de Segurança da Bahia. Quem não era comprado, era ameaçado de morte.

Ao investigar os fatos reunidos pela PF no Judiciário baiano, o CNJ constatou algo assustador. Dezenas de desembargadores se deram por impedidos em diferentes procedimentos que deveriam limpar o sistema judicial. Clique aqui para ler a na íntegra a coluna Radar da revista Veja.

19 de abril de 2024, 14:58

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