Dono do Cravinho apoia fiscalização e diz que o bar é “patrimônio da Bahia”

Da Redação

O proprietário do tradicional bar O Cravinho, no Pelourinho, em Salvador, disse ser favorável à fiscalização realizada pela Polícia Civil da Bahia em parceria com o Procon-BA. Através da Operação Bebidas Etílicas, o estabelecimento chegou a ser fechado, mas reabriu após laudos comprovarem qualidade das cachaças vendidas no estabelecimento.

Para Julival Reis, a ação é necessária para garantir a segurança dos consumidores e reforçar a credibilidade de um dos pontos mais emblemáticos da cidade.

“O Cravinho está chegando aos seus 40 anos. Quanto à fiscalização, é extremamente importante, acima de tudo lá é um patrimônio nosso. Eu hoje sou empresário, mas também sou consumidor, então a fiscalização é muito bem-vinda”, afirmou Julival, em entrevista ao programa Bem na Hora, nesta quarta-feira (22).

O empresário ressaltou que a operação serviu para comprovar a regularidade do bar, conhecido por seus licores artesanais e pelo ambiente que mistura história, cultura e boemia no coração do Centro Histórico.

Ele contou ainda que o sucesso do Cravinho ultrapassou fronteiras, mas que nunca aceitou expandir a marca para fora da Bahia.

“Nesse decorrer de 40 anos, eu já achei proposta para montar o Cravinho em três países: França, Inglaterra e Canadá. Aqui no Brasil também foram diversas propostas, mais de dez. Você sabe o que eu falei? ‘O Cravinho é da Bahia, nasceu na Bahia, por um baiano, o Cravinho é nosso, não tem proposta’”, disse.

Julival relembrou as origens do bar, que começou em um pequeno espaço nos anos 1980 e logo virou ponto de encontro tradicional de soteropolitanos e turistas.

“Em 85, 86 e 87, nós tínhamos uma benção, onde o pessoal passava pelo Cravinho primeiro, que ainda não tinha o nome de Cravinho, e ia para a igreja se abençoar. Depois voltavam falando ‘me abençoei lá, agora vou me abençoar aqui’. Não era no mesmo lugar, era no número cinco, pequenininho, mas que fazia um sucesso terrível”, contou.

Com a reforma do Centro Histórico, o bar mudou de endereço, mas manteve a mesma atmosfera.

“Voltamos com a reforma do Centro Histórico para o número três, e foi feita toda aquela adaptação, na mesma rua, praticamente na mesma localidade, bem próximo da Catedral Basílica e ali eu montei o Cravinho e toda aquela estrutura”, completou o empresário.

Reaberto após autorização do Ministério da Agricultura (MAPA), o Cravinho voltou a funcionar com toda a documentação regularizada.